Como a 'federação de esquerda' pretende destravar a negociação de candidaturas
Em meio ao diálogo sobre a criação de uma federação partidária de esquerda, PT, PSB, PV e PCdoB alinharam estratégias na tarde desta quinta-feira, 10, para destravar as negociações e decidir as candidaturas nos estados em que há mais de um pré-candidato ao governo local. A ideia é que a situação dos estados que representam...
Em meio ao diálogo sobre a criação de uma federação partidária de esquerda, PT, PSB, PV e PCdoB alinharam estratégias na tarde desta quinta-feira, 10, para destravar as negociações e decidir as candidaturas nos estados em que há mais de um pré-candidato ao governo local.
A ideia é que a situação dos estados que representam pontos de tensão e que contam com "candidatos naturais" seja avaliada caso a caso em reuniões distintas. Por exemplo, as candidaturas ao governo do Rio Grande do Sul passarão por uma discussão entre dirigentes partidários nesta sexta-feira, 11. Participarão do tête-à-tête os presidentes nacionais das siglas, como Gleisi Hoffmann, do PT, e Carlos Siqueira, do PSB.
Ainda não há, porém, data prevista para o debate sobre o pomo da discórdia -- São Paulo, maior colégio eleitoral do país. No local, PSB e PT lutam para emplacar, respectivamente, Márcio França (foto) e Fernando Haddad.
França, aliás, participou da reunião das legendas nesta quinta-feira, em Brasília. De acordo com interlocutores, o ex-governador não se mostrou irredutível. Em tom de "serenidade", teria dito concordar que a federação bata o martelo adiante, com base, por exemplo, no resultado de pesquisas eleitorais. O PSB, porém, quer que o grupo avalie não somente as intenções de voto, mas também níveis de rejeição e, portanto, potencial de crescimento.
Nas unidades da Federação onde há maior pulverização e os candidatos não dispõem de quadros com grande capilaridade eleitoral, o entendimento é de que não existe a necessidade de decisões a partir de pesquisas. Assim, os nomes serão definidos "com base no diálogo", dizem os dirigentes.
É o caso, por exemplo, do Distrito Federal. Na capital federal, o PSB quer lançar o ex-secretário de Educação Rafael Parente. O PT fala nos nomes da professora da Rosilene Corrêa e do ex-deputado Geraldo Magela. O PV aposta no distrital recém-filiado Leandro Grass. E o PCdoB conta com João Vicente Goulart.
A rodada de conversas sobre as eleições brasilienses começará formalmente nesta sexta-feira, com a presença dos presidentes regionais das quatro siglas.
As federações são obrigadas a lançarem chapas conjuntas em todos os estados e municípios e as legendas coligadas têm de caminhar juntas por pelo menos quatro anos.
Questões burocráticas
Segundo dirigentes, a reunião desta quinta-feira priorizou as questões burocráticas, relacionadas a ajustes no estatuto e do programa da federação.
Houve discórdia quanto a pelo menos duas propostas apresentadas pelo PSB. Uma delas trata da ampliação de dois terços para quatro quintos do número de votos necessários para a aprovação de temas discutidos pela cúpula da possível coligação. O outro diz respeito ao direito de veto a sugestões que tenham contra si ao menos 15% dos votos da assembleia.
"Se a gente está fazendo uma aliança, um projeto de união, o veto não tem sentido. Se você já tem um fórum qualificado de votação, esse fórum já resolve a questão", pontuou um dirigente, sob reserva.
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Comentários (2)
AMAURY FEITOSA
2022-02-11 11:25:59fedorentação ladravaz comunista já tem o primeiro projeto .. é a bolsa vaselina enviada por Sedex a cada cidadão todo mês para facilitar a enrabação do canelau ... ai ai ai o meu já tá ardendo.
Jaime
2022-02-10 21:21:45Federação de Esquerda... kd o PSOL? Na minha humilde opinião, ESTE é o ÚNICO partido verdadeiramente DE ESQUERDA existente hoje no Brasil. Todos os outros se alinham com gato e cachorro. Já vi o PSOL fazer coro com conservadores, discordando do PT, PCdoB e outros picaretas não tão anônimos. Os caras são idealistas. Votam no que for favorável ao povo. Não se vê deputado/vereador do PSOL envolvido em maracutaia. O problema deles é que são socialistas. Se fossem capitalistas, votaria neles sem dó.