Casa Branca

Como a campanha eleitoral dos EUA molda a reação ao Irã

18.09.19 11:15

Nesta quarta-feira, 18, o presidente americano, Donald Trump (foto), ameaçou no Twitter mais sanções econômicas contra o Irã, acusado de ter atacado duas refinarias na Arábia Saudita.

“Eu acabei de pedir ao secretário do Tesouro para aumentar substancialmente as sanções contra o Irã!”, escreveu Trump.

As autoridades americanas ainda avaliam uma ação militar, mas por enquanto não há indicações disso. A hesitação do governo americano pode ter uma origem eleitoral.

“Há o receio de que mesmo uma ação localizada, como bombardeios aéreos, poderia escalar para algo maior e fora do controle. Os americanos não querem entrar em mais uma dessas guerras eternas que envolvem o envio de soldados”, diz o cientista político americano Benjamin Valentino, professor da Universidade Dartmouth e que estuda a opinião pública dos americanos sobre ações militares no exterior. “Se um conflito maior acontecesse, o impacto eleitoral para Trump seria grande.”

Logo após a derrubada de um drone americano no Estreito de Ormuz, no dia 20 junho, o apoio entre os americanos para uma ação militar contra o Irã ficou entre 24% e 36%.

“Para os americanos, o ataque contra as duas refinarias não é uma provocação grande o suficiente para merecer uma retaliação bélica. Muitos pensam que o dano é mais para a economia mundial ou que é um problema da Arábia Saudita, e não dos Estados Unidos”, diz Valentino.

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  1. QUEM QUISER SABER QUEM E'ESSA BESTA FERA, ASSISTA NA NETFLIX UM DOCUMENTARIO - NA ROTA DO DINHEIRO SUJO - TEM UM CAPITULO DESTINADO SOMENTE A TRUMP. NAO DA PRA ENTENDER COMO VOTARAM NUM CARA CORRUPTO, INCOMPETENTE - FALIU 4 EMPRESAS - E SE MANTEM MILIONARIO COM FALCATRUAS.

  2. Se o seu Deus é o Deus verdadeiro, então logicamente a vitória será sua. Do contrário, então a derrota é sua única alternativa.

  3. O choque entre civilizações e culturas tb não é suficiente para justificar tal coisa. Nem os árabes vão conquistar o mundo, muito menos o Ocidente. Em uma disputa entre uma civilização cristã e outra muçulmana, vai ganhar quem tiver maior desenvolvimento tecnológico e capacidade econômica. A realidade sempre se impõe, pois ela não pode se distanciar daquilo que foi estabelecido pelas leis de Deus. Por isto que feliz é a nação cujo Deus é o senhor, pois não se distanciará da realidade.

  4. Se Donald Trump está desestabilizando a economia mundial ao declarar guerra comercial à China, ele está fazendo exatamente o inverso ao buscar uma solução menos sangrenta e tumultuada no Irã. Pq? Pq tudo é uma questão de objetivos. Os americanos não gostariam que suas empresas e produtos passassem a receber o mesmo tratamento que produtos e empresas chinesas recebem em solo americano? E que vantagem palpável um conflito militar trás no Irã?

  5. Sem recursos financeiros nenhum ditador é capaz de se manter no poder por muito tempo, assim como qq governante em uma democracia minimamente estruturada terá dificuldades de se reeleger. Basta ver o que um mero ataque foi capaz de gerar uma onda de elevação nos preços do petróleo, independentemente de se artificial ou não. Pq as guerras do futuro envolverão exércitos e bombardeios? Não é a vitória e a redução de casualidades que importam?

  6. Se Trump pode ser criticado do ponto de vista humanitário por sua política anti-imigração, o mesmo não se pode dizer de sua política externa. Afinal, o criticam por usar o instrumento econômico para atingir seus objetivos, mas o que é pior do ponto de vista humanitário? Uma guerra comercial ou um conflito militar envolvendo diversos países e civis em pânico? Quanto mais integrada a economia mundial se tornar, maior será o impacto de sanções econômicas, Trump só está inaugurando o mecanismo.

  7. A maior “derrota” dos americanos foi no Vietnã, uma guerra longa que matou mais de um milhão do outro lado, produziu insatisfação internamente e não trouxe nada, nada de vantajoso. As guerras no Oriente Médio tem um certo gosto de Vietnã, pode-se até justificar aquelas que se deram no período pós 11 de setembro, já que estas tinham maior apoio. Mas a falta de resultados concretos, os custos e a necessidade de recursos humanos agem para reduzir qq apoio a guerras.

  8. Somente uma situação extremada levaria Donald a declarar guerra. Ele é um articulador sagaz e certamente, contrariando os anseios da esquerda mundial vencerá as próximas eleições.

  9. Trump blefou pesado e alto, mas não funcionou. Quando não se está disposto a partir para a guerra, blefar com ameaças, bravatas e falatório torna-se uma tática negativa.

    1. Só se constata uma realidade quando os fatos se apresentam. Todos supunham que Trump fosse mais agressivo e leva-se a coisa para o lado pesado, não foi. Obviamente soou como blefe. Se ele fosse à guerra agora, perderia a eleição, e acarretaria uma crise econômica muito séria, nova crise do petróleo (menos votos ainda). Ele apostou, blefou e perdeu essa parada.O Irã saiu fortalecido e a Arábia Saudita enfraquecida.

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