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Chilenos temiam que terrorista fugisse do Brasil

19.08.19 17:52

O Ministério da Justiça anunciou nesta segunda-feira, 19, que o terrorista chileno Maurício Hernández Norambuena (foto), conhecido como Comandante Ramiro, será extraditado para o Chile.

No Brasil, ele cumpre pena de 30 anos pelo sequestro do publicitário Washington Olivetto, em 2001.

No Chile, Norambuena já tinha sido condenado por dois crimes que aconteceram durante o período democrático, após o final da ditadura de Augusto Pinochet. Ele foi condenado pelo assassinato do senador Jaime Guzmán, do partido União Democrática Independente (UDI), de direita, e pelo sequestro do herdeiro do jornal El Mercurio, Cristián Edwards. Ambos os crimes ocorreram em 1991.

Os chilenos comemoraram a notícia da extradição nesta segunda. O medo deles era o de que Norambuena fugisse para outro país. “Acreditamos que uma pessoa que matou um senador em plena democracia, que foi condenada e que participou do sequestro de Cristián Edwards não pode ficar livre”, disse a presidente da UDI, Jacqueline Van Rysselberghe. “O que acontece é que Norambuena ia passar do regime fechado para o semiaberto e a possibilidade de que ele escapasse da prisão era altíssima. Por essa razão, a Corte Suprema do Chile aceitou criar as condições para solicitar a extradição.”

Norambuena era da Frente Patriótica Manuel Rodríguez, uma organização extinta em 1999 que foi braço armado do Partido Comunista e chegou a ser classificada como terrorista pelo Departamento de Estado americano.

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