Chavismo avança para controlar as últimas universidades autônomas
As universidades da Venezuela são o último reduto de resistência ao chavismo. Ao menos por enquanto. Desde 2003, os ditadores Hugo Chávez e Nicolás Maduro (foto) investiram em uma rede paralela de instituições de ensino superior, com cursos de qualidade questionável e totalmente alinhados com o Partido Socialista Unido da Venezuela, o PSUV. Mas um...
As universidades da Venezuela são o último reduto de resistência ao chavismo. Ao menos por enquanto.
Desde 2003, os ditadores Hugo Chávez e Nicolás Maduro (foto) investiram em uma rede paralela de instituições de ensino superior, com cursos de qualidade questionável e totalmente alinhados com o Partido Socialista Unido da Venezuela, o PSUV.
Mas um grupo de seis universidades públicas, totalmente autônomas, seguiu nomeando suas próprias autoridades. Essas instituições, entre as quais estão incluídas a Universidade Central da Venezuela, a Universidade Simón Bolívar e a Universidade de Zulia, tradicionalmente ofereciam os melhores cursos.
Das seis, Maduro conseguiu avançar sobre duas nos últimos dois anos. Uma delas é a USB, conhecida pelos cursos na área de exatas. Para tomar o controle, o ditador se aproveitou da morte do reitor da instituição, Enrique Planchart, no final de julho. Seu substituto deveria ser escolhido pelos membros da própria universidade. Porém, o regime chavista decidiu promover a reitor Jorge Stephany, atropelando a autonomia universitária. O projeto da ditadura é conseguir controlar as quatro universidades restantes mais adiante.
"Esse governo tem um plano totalitário que inclui transformar as universidades em instituições socialistas, reprodutoras do pensamento único", diz William Anseume, presidente da Associação de Professores da USB. "Os chavistas querem militarizar as universidades e permitir apenas carreiras que não produzam diplomados ou conhecimento. Eles não querem que nada escape a suas garras."
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Comentários (6)
Waldemar
2021-10-04 09:20:23A partidarização e o trabalho sistemático de ideologia preponderantemente socialista-marxista nas escolas públicas, técnicas, institutos e universidades federais só não vê quem não quer. Falta equilíbrio e isenção próprias da atitude científica.Dominar as mentes dos jovens é a estratégia de mudança, lenta mas definitiva de uma sociedade.Prestemos atenção na Venezuela, na China, em Cuba, na Coreia do Norte e aqui, no Brasil.Aparelhamento existe, sim. Posso provar.
Carlos Renato Cardoso da Costa
2021-10-04 09:15:23Surpreendente é que as universidades tenham conseguido permanecer autónomas por tanto tempo.
MARCIO
2021-10-03 13:01:02Ué, enquanto nas universidades e escolas brasileiras a doutrina esquerdista predomina, na Venezuela é ao contrário? Que coisa
Jaime
2021-10-02 22:51:23Vá entender? Durante o Governo Militar professores de "Exatas" (Física e Matemática) iam para a U.R.S.S fazer mestrado e doutorado e voltavam craques em socialismo (o que motivou os militares a infiltrarem agentes nas IFES para detectar os militantes). Hoje, as IFES são socialistas. O Governo Militar acabou. Não sei de nenhuma IFES conservadora; tudo reduto comunista. Já na Venezuela, AINDA existem IFES conservadoras. Vai entender?
Odete6
2021-10-02 19:34:02Que coisa repugnante é qualquer tipo de imbecil ditador, explícito ou implícito!!!! Como pode alguém se comprazer em destruir o seu próprio povo e o seu próprio país????!!!!...
MARCOS
2021-10-02 19:14:19IGUAL AQUI NO BRASIL. TODAS AS UNIVERSIDADES PÚBLICAS SÃO CONTROLADAS POR COMUNISTAS.