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Cerca de 30% dos candidatos veteranos a prefeituras de capitais dizem que ‘empobreceram’

04.10.20 08:02

Entre os 254 políticos veteranos que vão disputar as prefeituras de capitais em novembro, pelo menos 75 declararam ao Tribunal Superior Eleitoral, TSE, que empobreceram desde a última vez em que concorreram. Os dados constam de levantamento realizado por Crusoé com base nos dados da Justiça Eleitoral.

Quem diz ter amargado a maior perda no patrimônio é o senador e pré-candidato a prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso. Segundo a declaração do político do PSD ao TSE, seus bens minguaram de 26,644 milhões de reais, em 2018, para 14,671 milhões este ano. Houve, portanto, uma redução de 11,973 milhões de reais.

Segundo candidato que diz mais ter empobrecido, o ex-governador de Goiás Maguito Vilela, que concorre a prefeito da capital do estado, acumulava bens que somavam 6,889 milhões de reais em 2018. Em dois anos, o patrimônio foi reduzido a 2,736 milhões reais. Ou seja, o valor caiu em 4,153 milhões de reais.

Quando concorreu a primeiro suplente de senador, nas últimas eleições gerais, Maguito afirmou ao TSE ter 650 mil reais em espécie. O valor não consta na declaração de bens deste ano, por exemplo. Outra parte do patrimônio, porém, permanece intacta, como os 1,890 milhão de reais em terras nuas.

Na terceira colocação, está a deputada federal Shéridan. O patrimônio da aspirante a prefeita de Boa Vista saiu de 3,297 milhões de reais, à época em que ela concorreu à Câmara dos Deputados, para 1,178 milhão de reais em 2020.

A parlamentar já não tem mais duas Hilux ou os dólares listados em 2018. A prestação de contas também deixou de descrever 972,8 mil reais em créditos a receber. Já o saldo em conta corrente no Banco do Brasil despencou de 197,9 mil reais para 6,8 mil reais. 

Ainda que em menor proporção, o prefeito do Rio e candidato à reeleição, Marcelo Crivella, também revelou ao TSE ter ficado “mais pobre”. À época em que concorreu ao comando do município fluminense, em 2016, o bispo licenciado reportou um patrimônio de 701,6 mil reais, dividido entre aplicações de 66,8 mil reais e um apartamento de quatro quartos, que vale 634,7 mil reais. Agora, os bens de Crivella, segundo a declaração, são uma aplicação de 20,6 mil reais, uma conta corrente com 10,1 mil reais, além do mesmo residencial.

O mesmo ocorreu com deputados federais, como Clarissa Garotinho, filha do ex-governador do Rio Anthony Garotinho, e Marília Arraes, que declararam ter reduzido o patrimônio, apesar de estarem no pleno exercício do mandato político, que garante altos salários e regalias, como o cotão. 

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  1. Ah tá! Então é necessário voltar para repor as perdas que causaram o empobrecimento. Conheço muitos assim, inclusive aqui em Belém, PA. Vai vendo

  2. Vamos fazer vaquinha para ajudar esses coitados, não administram o próprio patrimônio e querem administrar em público. Safardanas.

  3. Coitadinhos. Ficaram tão pobres por servirem de coração ao povo. Eles não merecem um aumento? Gente...vamos fazer uma vaquinha para ajudar os nossos políticos. Sem políticos ricos e bem pagos, não somos Brasil!

  4. Além de desrespeitarem as nossas inteligências, esses crápulas mentirosos e enganadores de uma boa parcela da população já demonstram a falta de ética que campeia entre todos eles, sem exceção.

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