Cadê Jorginho Mello?
Apontado como um dos principais aliados de Jair Bolsonaro, o governador não se pronunciou até o momento sobre o tarifaço de Trump

Apontado como um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), até o momento não se pronunciou sobre o tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O silêncio de Jorginho tem incomodado a ala bolsonarista em Santa Catarina. Em caráter reservado, parlamentares e até auxiliares do governador classificam a postura de Mello como “covarde”.
No X – antigo Twitter – o governador fez apenas duas postagens e ambas para falar sobre melhorias nas escolas públicas. Uma citando a instalação de aparelhos de ar-condicionado e a outra falando sobre câmeras de segurança nas escolas públicas catarinenses.
Após o tarifaço, outros governadores já manifestaram apoio a Bolsonaro e a Eduardo Bolsonaro como Ronaldo Caiado (Goiás) e Romeu Zema (Minas Gerais). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em um primeiro momento endossou o tarifaço, mas recuou depois e tenta negociar diretamente com a Casa Branca a não implementação da medida.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) defendeu que o governo federal negocie com o presidente americano.
Segundo Zema, o seu estado “não pode ficar sem um cliente”, em referência aos Estados Unidos, “tão expressivo” para o setor produtivo.
“A gente não briga com cliente, não. A gente procura fazer aquilo que é o melhor para o cliente. E acho que o governo federal deveria ir nessa linha, e não ficar questionando clientes. Clientes a gente dialoga, a gente negocia e não fica mandando recados indiretos”, disse ele a jornalistas.
Lula, por sua vez, voltou ao modo ataque.
Em evento oficial nesta sexta-feira, realizado em Linhares, no Espírito Santo, o presidente Lula responsabilizou diretamente Bolsonaro e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), pelas medidas anunciadas por Trump.
“Aquela coisa covarde, que preparou um golpe nesse país, não teve coragem de fazer, está sendo processado, vai ser julgado, e mandou o filho dele para os EUA pedir para o Trump fazer ameaça: ‘Ah, se não liberarem o Bolsonaro, vou taxar vocês’”, afirmou o presidente.
Lula também criticou a postura de Eduardo Bolsonaro.
“É preciso criar vergonha na cara, porque a coisa mais pequena de um homem é ele não ter caráter. Vocês viram ontem o filho dele na internet lendo uma carta: ‘Trump fala que não vai taxar [o Brasil] se meu pai não for preso’. Que tipo de homem é esse, que não tem vergonha de enfrentar o processo de cabeça erguida e provar que é inocente?”, declarou.
Em nota oficial encaminhada a Crusoé, o governo estadual informou que 'o compromisso é com Santa Catarina'.
"O compromisso do Governo é com Santa Catarina. Medidas que impactam nossas exportações exigem respostas construtivas por parte do Brasil. É hora de agir com diplomacia e assertividade. Os Estados Unidos são um parceiro comercial importante, e Santa Catarina tem papel estratégico nessa relação — especialmente nos setores industrial e do agronegócio. Qualquer barreira imposta aos nossos produtos afeta diretamente empresas, empregos e a competitividade da nossa economia. Na condição de Governo, vamos defender os interesses catarinenses em todas as frentes. Isso inclui dialogar e buscar articulação com lideranças internacionais que possam contribuir para o equilíbrio dessa relação"
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Comentários (1)
MARCOS
2025-07-11 20:07:26WILSON, TUDO SE RESUME AO BOLSONARO? O GOV TEM REALMENTE QUE SE PRONUNCIAR? VIROU PETISTA?