Brasil vai ajudar produção de alimentos em Cuba, diz Lula
Dois ministros do governo viajaram para a ilha comunista para promover a "busca da soberania alimentar"

O presidente Lula (foto) afirmou nesta terça, 30, que seus ministros Wellington Dias, do Desenvolvimento Social, e Paulo Teixeira (foto), do Desenvolvimento Agrário, foram para Cuba para "tentar ver se é possível ajudar a produção de alimentos" na ilha comunista.
"O nosso querido Wellington [Dias] não está aqui porque ele está de férias. Chegou de uma viagem. Ele foi à Cuba com o Paulo Teixeira tentar ver se é possível ajudar a produção de alimento para fortalecer a produção de alimento em Cuba", disse Lula durante um evento sobre o Plano Safra em Brasília.
Cuba não produz alimentos porque sua agricultura centralizada destruiu toda iniciativa privada, nos anos que se seguiram à Revolução Cubana de 1959.
Propriedades, tratores e máquinas foram tomados pelo Estado.
Pecuaristas passaram a ser obrigados a vender unicamente para o regime.
Hoje, eles são proibidos a abater o gado, sob pena de prisão. A maioria dos cubanos não sabe qual é o sabor de um bife.
Os produtores, então, são obrigados a vender apenas o leite, para o comprador estatal.
Além disso, o país, que é uma ilha no Caribe, praticamente não produz peixe porque não permite que seus habitantes tenham barcos.
A ditadura comunista sabe que, se tiverem barcos, seus habitantes fugirão para a Flórida, nos Estados Unidos.
A fome em Cuba existe e é consequência direta da centralização e do desprezo pelas regras mais básicas de mercado.
Mas Lula insiste que todos os males de Cuba são culpa dos Estados Unidos, e que o Brasil teria alguma obrigação moral de ajudar a ilha.
Em fevereiro do ano passado, uma nota do Itamaraty noticiou o envio de alimentos para Cuba: "Carregamentos adicionais de leite em pó, além de arroz (foto), milho e soja, serão enviados nas próximas semanas".
Na semana passada, o ministro Paulo Teixeira divulgou um vídeo no Facebook, direto de Havana, em que cumprimentou o ditador Miguel Díaz-Canel.
"Trouxemos aqui as boas práticas brasileiras: os programas de financiamento, de compras públicas, de assistência técnica, de acesso à terra, de mecanização. E, assim, a busca por soberania alimentar", disse Teixeira.
Para ajudar os cubanos a ter soberania militar, o Brasil deveria apoiar a volta da democracia, e não ficar sustentando um regime decrépito.
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