Brasil importa comunismo chinês com fábrica da BYD
"Forças estrangeiras relevantes se associam maliciosamente e difamam deliberadamente", afirmou Li Yunfei
O porta-voz da montadora de automóveis elétricos chinesas BYD, Li Yunfei, afirmou no site chinês Weibo que as denúncias de condições de trabalho análogas à escravidão na construção da fábrica da empresa em Camaçari, na Bahia, têm a intenção de difamar a China e as marcas chinesas.
“Na questão de difamar marcas chinesas, difamar a China e tentar minar a amizade entre a China e o Brasil, vimos como forças estrangeiras relevantes se associam maliciosamente e difamam deliberadamente”, disse Yunfei, criticando também as reportagens que saíram na imprensa sobre a situação.
Yunfei também publicou um vídeo de trabalhadores da fábrica de Camaçari sentados em uma sala (foto).
Na imagem, um deles lê uma declaração em voz alta.
O homem diz que os relatos das condições precárias e "semelhantes à escravidão" eram resultados de mal-entendidos.
"Nós prezamos esse trabalho e queremos ficar e trabalhar aqui", afirma o trabalhador.
Quando o funcionário termina de ler a declaração, os demais aplaudem.
Escravidão
Na segunda, 23, uma força-tarefa com 40 servidores públicos encontrou 163 chineses em condições análogas às de escravo trabalhando nas obras da BYD em Camaçari, na Bahia.
De acordo com o Repórter Brasil, "os contratos previam jornada de dez horas por dia, seis dias por semana, com possibilidade de extensão, o que levada a uma jornada semanal de 60 a 70 horas – muito maior do que o limite legal no Brasil de 44 horas".
Além disso, um dos alojamentos registrava 31 trabalhadores para um único vaso sanitário, levando os operários a terem que acordar às 4 horas da manhã para enfrentar uma fila.
Carro do Lula
Lula recebeu no Palácio da Alvorada, em 24 de janeiro, representantes da BYD.
Na ocasião, o presidente da República recebeu um carro elétrico da montadora, para ser usado até janeiro de 2025. A primeira-dama Janja já apareceu nas redes sociais dirigindo o veículo.
Segundo a Folha de S.Paulo, o carro se tornou agora motivo de constrangimento para o petista, que é o maior expoente do Partido dos Trabalhadores (PT).
"O uso de trabalhadores em situação análoga à de escravos na construção da fábrica da BYD, na Bahia, deixou integrantes do governo federal constrangidos. Até o presidente Lula usa um carro cedido em comodato pela montadora chinesa de elétricos", diz o jornal.
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