Bolsonaro revoga lei da ditadura, mas poupa militares e quem dissemina notícias falsas
O presidente Jair Bolsonaro vetou cinco trechos da proposta que criou a Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito e revogou a Lei de Segurança Nacional, criada na ditadura. As justificativas para os vetos foram publicadas nesta quinta-feira, 2, no Diário Oficial da União. A retirada de dispositivos do texto beneficia apoiadores do chefe...
O presidente Jair Bolsonaro vetou cinco trechos da proposta que criou a Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito e revogou a Lei de Segurança Nacional, criada na ditadura. As justificativas para os vetos foram publicadas nesta quinta-feira, 2, no Diário Oficial da União. A retirada de dispositivos do texto beneficia apoiadores do chefe do Planalto, como militantes que divulgam fake news e militares. Pressionado por assessores palacianos, o presidente cogitou vetar todo o texto, mas foi alertado pelo Congresso de que o veto seria derrubado e optou por retirar trechos pontuais.
Um dos vetos de Bolsonaro foi à tipificação do crime de comunicação enganosa em massa. A lei aprovada pelo Congresso previa pena de até cinco anos para quem promovesse ou financiasse campanha para a divulgação de fatos sabidamente inverídicos, capazes de comprometer a “higidez do processo eleitoral”.
Bolsonaro entendeu que o trecho “contraria o interesse público” e disse que a lei gerava dúvidas a respeito de quem deveria ser punido, o produtor do conteúdo, ou quem o compartilhou. Para o presidente, o dispositivo dava margem para a criação de um “’tribunal da verdade’ para definir o que viria a ser entendido por inverídico”.
O presidente da República também vetou um dispositivo que previa aumento da pena nos casos em que os crimes fossem cometidos por militares. O texto determinava a perda do posto e da patente ou da graduação. Bolsonaro disse que a medida poderia violar “o princípio da proporcionalidade, colocando o militar em situação mais gravosa que a de outros agentes estatais, além de representar uma tentativa de impedir as manifestações de pensamento emanadas de grupos mais conservadores”.
O projeto de revogação da Lei de Segurança Nacional, chamado de nova Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito, teve forte oposição de parlamentares bolsonaristas durante a tramitação no Congresso. Desde que chegou ao poder, o presidente Jair Bolsonaro tem usado a lei para perseguir opositores, artistas e jornalistas.
Criada em 1983, durante a ditadura, a Lei de Segurança Nacional prevê pena de até quatro anos para quem “caluniar ou difamar os presidentes da República, do Supremo Tribunal Federal, da Câmara e do Senado”.
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Comentários (5)
Gilnei Ocacia
2021-09-02 14:24:10A solução para as crises (sanitária, econômica, social, educacional e cultural) existe, mas para isso é imprescindível o IMPEACHMENT do BOÇAL PSICOPATA.
Paulo I
2021-09-02 11:09:42Só lembrando que a prisão do deputado... e do Roberto Jefferson pelo ministro Alexandre Moraes também foram fundamentadas precisamente na Lei de Segurança Nacional. Igualmente ao que a jornalista supõe, seria perseguição aos dois? Pode até ser, mas tanto os advogados do governo quanto o ministro poderiam invocar a LSN pois estava, até ontem, estava perfeitamente integrada ao ordenamento jurídico nacional.
Humberto
2021-09-02 09:33:29Colocaram a raposa para cuidar do galinheiro??? O maior Mentiroso e sem caráter do Brasil, vai querer cancelar fake News!!! Este vagabunfo do Bozobosta está no Brasil fake News, e seus gados robôs estão a mil para 07/09 , achando que vão lotar o Brasil , vocês turma de robôs amestrados , esperem 12/09 !!!!
Maria
2021-09-02 09:17:39Irônico kkk o país da mentira... falando de fake News
Jose
2021-09-02 09:15:47Argumentos pífios e injustos. Como sempre, o Bozogenocida demonstra que governa somente para atender aos interesses dos seus muares. Esta é uma das razões pelas quais o Brasil está derretendo, com a economia em crise profunda e mais de 600 mil famílias chorando a perda dos seus entes queridos. O Bozismo é criminoso!