Bolsonaro insinua que Moraes pode mandar prendê-lo ao final do governo
A uma semana dos atos de Sete de Setembro, o presidente Jair Bolsonaro (foto) reiterou as críticas ao Supremo Tribunal Federal e insinuou nesta segunda-feira, 30, que o ministro Alexandre de Moraes o incluiu na lista de investigados do inquérito que apura a difusão de notícias falsas e ameaças a integrantes da corte para ter...
A uma semana dos atos de Sete de Setembro, o presidente Jair Bolsonaro (foto) reiterou as críticas ao Supremo Tribunal Federal e insinuou nesta segunda-feira, 30, que o ministro Alexandre de Moraes o incluiu na lista de investigados do inquérito que apura a difusão de notícias falsas e ameaças a integrantes da corte para ter a possibilidade de determinar a sua prisão quando ele deixar o Planalto.
Bolsonaro abordou o assunto durante entrevista à Rede Fonte de Comunicação de Goiás, quando questionado sobre o discurso em que declarou que tem três alternativas para o futuro: estar preso, morto, ou "obter vitória".
Bolsonaro disse que, ao longo dos últimos meses, tornou-se "crime" defender a implementação do voto impresso nas eleições ou o chamado "tratamento precoce", como ficou conhecido o uso de medicamentos ineficazes contra a Covid-19, por exemplo.
"O ministro Alexandre de Moraes me botou no inquérito das fake news, no inquérito do fim do mundo. É um inquérito sem participação do Ministério Público. O que eles querem com isso aí? Aguardar o momento para me aplicar uma sanção restritiva, quem sabe quando eu deixar o governo lá na frente. Isso não é um trabalho que se faça. Você não pode ficar ameaçando os outros. Não pode um ministro ser dono do inquérito. Ele investiga, julga e condena. Isso não pode acontecer. Se querem fazer isso comigo, imagina o que estão fazendo com outras pessoas", afirmou.
O presidente ainda acusou Moraes e o corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Felipe Salomão, de agirem como os "donos do mundo" devido às decisões que determinaram a prisão do deputado federal Daniel Silveira, do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, e do blogueiro Oswaldo Eustáquio, além da suspensão dos pagamentos do Youtube a canais bolsonaristas.
Bolsonaro repetiu que comparecerá aos protestos contra o STF e o Congresso previstos para ocorrer na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na Avenida Paulista, em São Paulo, e alegou que a principal pauta dos atos será a defesa da "liberdade de expressão".
"Não pode uma pessoa do Supremo Tribunal Federal e uma do Tribunal Superior Eleitoral se arvorarem como as donas do mundo, que tudo decidem no tocante a esse campo da liberdade de expressão. Não podemos admitir um deputado federal preso até agora. Não interessa o que ele falou. Assim como um jornalista preso também e um presidente de partido preso. A liberdade de expressão é a alma da nossa democracia", disse.
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Comentários (10)
DARLEI
2021-08-31 07:01:18Ao contrário do que Bolsonaro alega não está tipificado como crime defender o voto impresso ou o tratamento precoce. Se fosse o caso ele já teria sofrido o impedimento e/ou teria sido preso. Mas é só asneira mesmo.
Fernando
2021-08-31 01:50:54Infelizmente ele ainda não tomou esta iniciativa ainda. O ideal seria prender este pária agora!
Laurene Viana Gouveia
2021-08-31 00:29:46Só pode prender no final? Por que não agora? Muito tempo!
Laurene Viana Gouveia
2021-08-31 00:27:53Por que não prender agora? Vamos esperar muito! 🙄
Natalia
2021-08-30 22:55:57E o Brasil só tem uma alternativa:A terceira via.
Osmar
2021-08-30 22:45:33O adevogado do pcc pode tudo kkk. Falou mal dos defensores de bandidos vai preso… o STF pode tudo!, até rasgar a constituição. Está acima dos outros poderes! São os intocáveis!!
André
2021-08-30 21:53:53Antes disso ele vai ter o que merece. Advogado do PCC
João
2021-08-30 19:57:23Porque esperar o fim do mandato?
Suely
2021-08-30 19:42:07A fumaça continua.. pior que aguenta mais ouvir esse Sr. Já cansou
Fernao
2021-08-30 17:58:48Apoio integralmente o Presidente Eleito Messias Bolsonaro em sua defesa ao direito de liberdade de Expressão