BC reduz taxa básica de juros para 3% ao ano, o menor patamar da história
Em meio à crise do novo coronavírus, o Banco Central reduziu, nesta quarta-feira, 6, a taxa básica de juros, Selic, de 3,75% para 3% ao ano. A decisão, que implementou o sétimo corte consecutivo, foi tomada na reunião do Comitê de Política Monetária da autarquia, o Copom. O colegiado afirmou que indicadores apontam na direção...
Em meio à crise do novo coronavírus, o Banco Central reduziu, nesta quarta-feira, 6, a taxa básica de juros, Selic, de 3,75% para 3% ao ano. A decisão, que implementou o sétimo corte consecutivo, foi tomada na reunião do Comitê de Política Monetária da autarquia, o Copom.
O colegiado afirmou que indicadores apontam na direção da contração da atividade econômica de forma mais significativa do que o previsto inicialmente. Assim, ainda sinalizou que pode fazer uma nova redução na próxima reunião, prevista para junho.
“O Comitê considera um último ajuste, não maior do que o atual, para complementar o grau de estímulo necessário como reação às consequências econômicas da pandemia da Covid-19.”
O colegiado considerou que, no cenário externo, a pandemia da Covid-19 “está provocando uma desaceleração significativa do crescimento global, queda nos preços das commodities e aumento da volatilidade nos preços de ativos”.
“Apesar da provisão adicional de estímulos fiscal e monetário pelas principais economias, e de alguma moderação na volatilidade dos ativos financeiros, o ambiente para as economias emergentes segue desafiador, com saída de capitais significativamente superior à de episódios anteriores”, avaliou.
A Selic é um instrumento de controle usado pelo BC. Funciona da seguinte forma: se a inflação está alta ou há indicação de que ficará acima da meta, o Copom eleva a Selic. Assim, sobem os juros cobrados pelos bancos, com o encarecimento do crédito e o freio no consumo. Há redução do dinheiro em circulação e, logo, a inflação tende a cair. Contudo, quando as estimativas para a inflação estão alinhadas à meta, é possível reduzir os juros, estimulando a produção e o consumo.
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