Barroso manda apurar se houve genocídio indígena na gestão Bolsonaro
Luís Roberto Barroso (foto) determinou nesta segunda-feira (30) que se investigue a possível participação de autoridades do governo de Jair Bolsonaro em crimes de genocídio, quebra de segredo de Justiça e delitos ambientais ligados à vida e à segurança de comunidades indígenas. A ordem do ministro do STF abrange a Procuradoria-Geral da República, o Ministério...

Luís Roberto Barroso (foto) determinou nesta segunda-feira (30) que se investigue a possível participação de autoridades do governo de Jair Bolsonaro em crimes de genocídio, quebra de segredo de Justiça e delitos ambientais ligados à vida e à segurança de comunidades indígenas.
A ordem do ministro do STF abrange a Procuradoria-Geral da República, o Ministério da Justiça, o Ministério Público Militar e a superintendência da PF em Roraima —estado onde se localiza a maior parte da reserva yanomami.
Em despacho numa petição que tramita em sigilo, Barroso ordenou a remessa às autoridades de documentos que, segundo ele, “sugerem um quadro de absoluta insegurança dos povos indígenas envolvidos, bem como a ocorrência de ação ou omissão (...) por parte de autoridades federais, agravando tal situação”.
O ministro citou como exemplo a publicação no Diário Oficial, pelo então ministro da Justiça, Anderson Torres, da data e do local de uma operação sigilosa de intervenção em terra indígena, que teria resultado em alerta aos garimpeiros.
Para Barroso, os fatos ilustram “quadro gravíssimo e preocupante”, bem como a suposta prática de múltiplos ilícitos, com a participação de altas autoridades federais. Ele também reiterou a ordem de retirada dos garimpos ilegais da Terra Yanomami e de outros seis territórios indígenas, no âmbito da ADPF 709.
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Comentários (2)
Amaury G Feitosa
2023-01-31 09:43:03ELEIÇÃO NÃO SE GANHA ... SE TOMA ....... isto diz tudo? O primeiro de fevereiro será o dia da escravização do povo brasileiro vulgarmente conhecidos por "manés"? Só um milagre nos salva.
Max
2023-01-30 23:11:05Publicar operação sigilosa no Diário Oficial é o “supra sumo” de se construir prova contra si próprio daquele desgoverno derrotado. Parece até que quando se tratava de combater o garimpo na Amazônia Ianomâmi, a ordem era alertar os “amigos” do mito para que “a destruição ilegal e gananciosa da floresta” continuasse de vento em popa. Barrosão neles! Em frente, com todo rigor que a lei permitir.