Bachelet ignora imparcialidade e declara voto em Gabriel Boric no Chile
A alta comissária para os direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet (foto), afirmou em um vídeo publicado nas redes sociais nesta terça, 14, que votará para o candidato de esquerda, Gabriel Boric, nas eleições chilenas deste domingo, 19. "O que será decidido neste próximo domingo é fundamental. Ninguém pode ficar indiferente. Eleger um presidente que...
A alta comissária para os direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet (foto), afirmou em um vídeo publicado nas redes sociais nesta terça, 14, que votará para o candidato de esquerda, Gabriel Boric, nas eleições chilenas deste domingo, 19.
"O que será decidido neste próximo domingo é fundamental. Ninguém pode ficar indiferente. Eleger um presidente que assegure que nosso país possa realmente continuar num caminho de maior progresso para todos, um caminho de maior liberdade, igualdade, de direitos humanos e meio ambiente sustentável e uma oportunidade de uma nova Constituição. Não dá na mesma escolher um ou outro candidato. Por isso, vou votar em Gabriel Boric", disse Bachelet no vídeo gravado em Santiago.
Com sua fala, a ex-presidente do Chile pelo Partido Socialista pode ter infringido o código de ética da ONU. O guia de ética da instituição afirma que os seus funcionários devem agir com imparcialidade e independência. "Como funcionários civis internacionais, devemos considerar o impacto de nossos comentários e ações e guiar nosso comportamento para representar a comunidade internacional, em vez de governos individuais ou outros interesses políticos", diz o documento.
Bachelet não declarou seu voto usando sua conta pessoal, que a apresenta como alta comissária da ONU. O vídeo saiu apenas em uma conta de sua fundação, a Horizonte Cidadão. Ao fazer essa opção, a chilena pode ter buscado falar apenas como cidadã, sem envolver a ONU, amenizando possíveis críticas. "De um lado, há regras que estabelecem certos limites. De outro, Bachelet não falou em nome do alto comissariado da ONU, o que eventualmente lhe permite tomar posição", diz Jorge Gomez Arismendi, pesquisador da Fundação para o Progresso, FPP, em Santiago.
Mesmo assim, a declaração pode gerar problemas no futuro. "Minha impressão é de que foi algo imprudente. No futuro, Bachelet poderá ser convocada para investigar e analisar uma situação de violação de direitos humanos no Chile. Como ela declarou simpatia por um candidato, isso a colocaria numa situação de parcialidade", diz o advogado argentino Brian Schapira, pesquisador da Fundação Cadal, em Buenos Aires.
O candidato de direita, José Antonio Kast, reclamou do posicionamento de Bachelet a favor de seu rival: "Eu teria preferido, e acho que a maioria dos chilenos também, que ela não tivesse feito esse pronunciamento, porque vai na linha do intervencionismo de uma autoridade que está instalada a nível mundial, em um tema local".
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Comentários (5)
Nyco
2021-12-14 19:54:27Essa é a versão chilena da ex-presiDENTA inoCENTA dilmANTA, uma esquerdopata medíocre.
FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA
2021-12-14 18:17:25lá vai o Chile desce do a ladeira .. vale asilo na Venezuela? a América LatRina vira lixo lama e merda.
João
2021-12-14 18:02:39Tipo,LULA…….
MARCOS
2021-12-14 17:55:13NA AMÉRICA DO SUL É TUDO BAGUNÇADO. É TUDO DITADURA (CLARA OU OBSCURA).
KEDMA
2021-12-14 17:42:49Acredito que isso seja um mal dos países latinos: não estão nem aí para a diplomacia.