Agência BrasilIbaneis Rocha:

Aumento de passagens de ônibus acima da inflação eleva tensão política em Brasília

10.01.20 12:31

O aumento de 10% sobre o preço das passagens do transporte público da capital federal gerou um clima de tensão política em Brasília. Nesta sexta-feira, um decreto com os detalhes do reajuste foi publicado no Diário Oficial. O texto é assinado pelo governador em exercício do Distrito Federal, Paco Britto, do Avante. O titular do Executivo local, Ibaneis Rocha, do MDB (foto), está em férias.

A publicação do aumento de tarifas ocorre no mesmo dia em que o IBGE divulgou o consolidado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2019. A inflação fechou o ano em 4,31%: ou seja, o percentual do reajuste das passagens de ônibus e metrô do Distrito Federal foi mais do que o dobro da inflação no ano passado. Com a decisão, a passagem de ônibus mais cara e as viagens de metrô passam de 5 reais para 5,50 reais.

A última revisão dos preços das tarifas ocorreu há dois anos. À época, o então governador, Rodrigo Rollemberg, do PSB, foi alvo de protestos do Movimento Passe Livre, que trouxeram desgastes políticos ao socialista e atrapalharam os planos de reeleição.

Quando assumiu o Governo de Brasília, Ibaneis estudou cancelar a gratuidade das passagens de ônibus para estudantes da rede particular de ensino. Mas, diante de reações negativas da oposição e da sociedade, voltou atrás e retirou da Câmara Legislativa o projeto de mudanças na Lei do Passe Livre.

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  1. Aumento de transporte público deveria ser feito a partir de auditorias independentes. A promiscuidade entre empresários do transporte e governos é nojenta!

  2. É necessário verificar as planilhas das empresas de transporte e não reajustar além da inflação, e esclarecer todos os índices do cálculo da passagem. Transporte pesa na cesta das famílias de norte a sul.Mobilidade Urbana é o assunto de muitas conversas.

    1. 🇧🇷 Inaceitável reajuste do dobro da inflação, planilhas aceitam qualquer números. 🇧🇷 Transporte público de massa é usado por pessoas vulneráveis esse aumento é criminoso.

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