Assembleia do Paraná enterra representação contra seu presidente
O conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) arquivou, nesta quarta-feira, 6, uma representação contra Ademar Traiano (PSD; foto), o presidente da Casa. O parlamentar confessou ao Ministério Público, em ter cobrado recebido propina de um empresário do ramo da comunicação quando ainda não era presidente. O argumento usado pelo relator, Matheus Vermelho...
O conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) arquivou, nesta quarta-feira, 6, uma representação contra Ademar Traiano (PSD; foto), o presidente da Casa. O parlamentar confessou ao Ministério Público, em ter cobrado recebido propina de um empresário do ramo da comunicação quando ainda não era presidente.
O argumento usado pelo relator, Matheus Vermelho (PP), é que os fatos ocorreram em 2015, fora da atual legislatura — portanto fora do alcance da comissão e dos deputados neste momento.
"Os eventos precedem significativamente ao início da atual legislatura", disse Vermelho, ao ler seu relatório. "Ainda constatei que não houve alegação de qualquer fato novo, evento ou conduta praticada pelo representado enquanto deputado estadual do Estado do Paraná, eleito para o exercício da 20ª legislatura.”
Em dezembro do ano passado reportagens do G1 e do portal Plural mostraram que o presidente da Assembleia, figura política considerada intocável, havia confessado ter pedido 300 mil reais em propina de um veículo de comunicação em 2015. Ele, junto ao hoje ex-parlamentar Plauto Miró (União Brasil), tinham pressionado Vicente Malucelli, dono da TV Icaraí, para manter a concessão ao grupo nos trabalhos da TV Assembleia.
Ambos se contentaram com 100 mil reais cada — o empresário alegou que temia pela não renovação do contrato. O caso chegou a ser levado para o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), o caso foi arquivado. Temendo novas derrotas, o Ministério Público do Paraná (MPPR) optou por um acordo de não persecução penal, onde Traiano reconheceu a autoria dos crimes.
Ainda na mesma sessão, o Conselho de Ética arquivou uma denúncia contra Renato Freitas (PT), o deputado que trouxe à tona a confissão de Ademar Traiano. A representação contra ele, no entanto, tinha outro fundamento: o petista teria ofendido o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, em 26 de agosto, ao chamá-lo de "branco privilegiado".
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Comentários (4)
Luiz
2024-03-07 11:05:01Isso, mais uma vez, é uma vergonha para a população Paranaense.
Gastão Eduardo Carvalho
2024-03-07 07:40:56Ah tá, entendi. Ele foi corrupto fora da atual legislatura. Agora não é mais.
MARCOS ANTONIO RAINHO GOMES DA COSTA
2024-03-06 20:20:59MAIS UMA (DENTRE TANTAS) ASSEMBLÉIA SEM ÉTICA.
Sônia Adonis Fioravanti
2024-03-06 13:54:14NOSSOS POLÍTICOS ESTÃO PÔ DRES .SEM PUNIÇÃO E COM A BLINDAGEM A COR RUPÇAO CRASSA .é lamentável termos que conviver e pagar por isso