Ministério das Relações Exteriores da RússiaSergey Lavrov, o chanceler russo, recebe autoridades do Fatah e do Hamas em Moscou

As duas forças que comandam a Palestina sentam à mesa em Moscou

01.03.24 12:06

O governo russo resolveu colocar, na mesma mesa nesta quinta-feira, 29, as duas forças políticas na Palestina para conversar sobre a sucessão de Mohammad Shtayyeh, o primeiro-ministro que renunciou no início da semana. Fatah e o Hamas acordaram em se reunir com o chanceler russo, Sergey Lavrov, para debater um novo governo da Autoridade Nacional Palestina.

A reunião é meramente um protocolo — já que nem Riyad al-Maliki, o ministro das Relações Exteriores, disse esperar milagres na negociação. Hoje, as duas organizações, nascidas na mesma costela da Autoridade Nacional Palestina, não poderiam estar em momentos mais distintos.

O Hamas, que comanda a Faixa de Gaza e tem perfil jihadista, é o principal agressor a Israel a partir dos territórios sob seu comando. Armados com foguetes e armamentos vindos principalmente do Irã, o grupo também é um partido político e mantém o controle sobre operações como a área da saúde — é o ministro da Saúde do Hamas que dá a versão oficial dos terroristas em casos envolvendo atritos com o governo de Tel Aviv.

O Fatah, por sua vez, tem viés secular, defende a solução de dois estados com Israel e já não é reconhecido como uma organização terrorista por nenhum governo. Após a morte de Yasser Arafat em 2004, o partido perdeu sua principal liderança e, no ano seguinte, a liderança no parlamento palestino para o Hamas. Em 2007, estourou uma guerra civil entre as duas facções, em um conflito que jamais foi inteiramente resolvido. Hoje, o Fatah tem a Cisjordânia sob seu comando, enquanto a Faixa de Gaza é comandada pelo Hamas.

Shtayyeh, que deixou o cargo nesta semana, é do Fatah, o mesmo partido do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. O partido quer manter um governo de tecnocratas sob a região, com o argumento de que hoje um governo dominado pelo Hamas não seria aceito pela comunidade internacional e travaria os esforços pelo reconhecimento do Estado palestino.

Ao falar no início da reunião, Sergey Lavrov pediu união aos dois lados — curiosamente escolhendo, para ilustrar aos dois lados muçulmanos, uma figura cristã. “Jesus Cristo nasceu na Palestina. Ele sabidamente disse que uma casa dividida não se sustenta”, disse Lavrov. “Cristo é adotado por cristãos e muçulmanos. E acho que esta fala reflete perfeitamente o desafio de restaurar a unidade palestina.”

O encontro patrocinado por Moscou deve durar até este final de semana.

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  1. Imagine o que fatalmente resultará da """mediação""" do insuportavelmente repugnante Sergey lavrov!!! Apenas mais desgraças covardemente articuladas """para """o bem""" da Humanidade"""!!! A Rússia que se cuide.... esse abominável capacho-pelego-gigante tem com toda certeza a intenção de dar uma boa rasteira no nanoputin, assim que o POVO RUSSO inspirado por ALEXEI NAVALNY e os demais mártires, resolver encarar de frente a real.

  2. Uma indagação que pode parecer incomoda. Por que esses arabes tem tantos filhos? Esses palestinos parecem coelhos, ratos, preas. Não e aceitavel. Depois ficam pedindo ajuda.

  3. Oa iniciativa agora os terroristas do hamas, animais nao aceitam um povo que tem 4 , 4, 6 séculos na região. Palestinas são forasteiros, tem 700 anos. Maoeme o pedofili é de do fim do primeiro seculo depois de cristo. Tinha ao bel prazer criancas de 10 a 15 anos paRA ESTRUPRA-LAS. UM INFAME.

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