As CPIs que podem desgastar os tucanos em São Paulo
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro tenta se blindar contra a CPI da Covid em Brasília, em São Paulo o governador João Doria (foto) se prepara para enfrentar duas comissões parlamentares de inquérito na Assembleia Legislativa que têm potencial de provocar enorme desgaste político ao PSDB paulista. Após dois anos na fila, a Assembleia vai instalar...
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro tenta se blindar contra a CPI da Covid em Brasília, em São Paulo o governador João Doria (foto) se prepara para enfrentar duas comissões parlamentares de inquérito na Assembleia Legislativa que têm potencial de provocar enorme desgaste político ao PSDB paulista.
Após dois anos na fila, a Assembleia vai instalar neste mês a CPI da Dersa e a CPI dos Benefícios Fiscais, ambas propostas pelo PT, com apoio dos deputados bolsonaristas. A expectativa da oposição é de que a pressão sobre Bolsonaro na CPI da Covid no Senado, aliada à enfraquecida base de Doria na Alesp, iniba qualquer tentativa do governo tucano de obstruir as investigações.
A CPI da Dersa pretende investigar fraudes e desvios de dinheiro na estatal de obras do governo paulista, especialmente na construção dos trechos do Rodoanel. O principal alvo será o engenheiro Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da Dersa e operador do PSDB que já foi preso e condenado pela Lava Jato -- hoje ele está em prisão domiciliar.
A investigação deve abranger gastos realizados pela Dersa entre os anos de 2007 e 2019, o que inclui os governos dos tucanos José Serra, Geraldo Alckmin e o primeiro ano de mandato de Doria. O atual governador já iniciou o processo de extinção da Dersa, que só deve ser concluído no fim deste ano.
Já a CPI dos Benefícios Fiscais pretende abrir a caixa-preta dos incentivos sigilosos concedidos pelos governos tucanos, como redução de alíquota de ICMS e concessão de créditos tributários a grandes empresas instaladas no estado. Estima-se que os benefícios tenham resultado em uma renúncia de receita de 115 bilhões de reais em dez anos.
A concessão dos benefícios secretos é questionada há anos por integrantes do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público, mas o governo nunca forneceu a relação das empresas beneficiadas pelas isenções alegando que a divulgação dos dados resultaria na quebra do sigilo fiscal das companhias.
"Finalmente a Assembleia Legislativa vai se debruçar sobre dois temas importantes para o estado de São Paulo. Se tivermos condições de nos aprofundarmos nos trabalhos, certamente teremos resultados relevantes para a recuperação de dinheiro e punição dos envolvidos nessas duas áreas que são as caixas pretas do PSDB", afirma o deputado petista Paulo Fiorilo, que integrará uma das CPIs.
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Comentários (8)
Roberto
2021-04-20 01:25:12Vacinação em massa que é o que o interessa para a população nem pensar. Só sabem fazer seus joguinhos políticos. Canalhas.
André
2021-04-19 21:46:40Mexer com o PSDB em SP. E Mexer com o PCC. Cuidado em.
Antonio
2021-04-19 17:05:20PT nào tem moral de nada.
Maria
2021-04-19 15:32:34Menos um com chance de se candidatar à presidência. O Witezel já foi, agora Dória e o próximo será o Mandetta. Só vai sobrar 2. Quem serão?
MSF
2021-04-19 12:19:18Nós sabemos que o PT não é um partido e sim um facção criminosa, já o PSDB, MDB, PP, PSD e outros não ficam muito atrás. Resumindo: "se gritar pega ladrão..."
LUCIANO
2021-04-19 10:56:10Ótimo que se investigue. Sem politicagem barata. Sabe-se que Bolsonaro e PT se unem para q possam os 2 se enfrentar nas eleições federais, buscando desgastar eventuais adversários. Sejamos adultos para analisar tudo e tomarmos as decisões adequadas para SP e para o BR. #NemLulaNemBolsonaro
Jose
2021-04-19 08:01:07Finalmente investigarão os subsídios para os cleptocapitalistas paulistas. O interessante é que as CPIs são lideradas pelos Bozolulistas, aqueles que não investigam os mais de 600 bi anuais de subsidios que o governo federal joga fora anualmente em atividades improdutivas.
Wanderlei
2021-04-19 07:54:20Que façam um trabalho sério de investigação e não mera politicagem eleitoral.