Argentina se opõe à 'abertura frívola' do Mercosul
Os representantes dos países do Mercosul realizaram nesta quinta-feira, 7, uma reunião por videoconferência para decidir como será a negociação dos acordos de livre comércio. O coordenador da Argentina, o secretário Jorge Neme, disse no encontro que o Mercosul deve estar conectado com o mundo, mas que deve proteger seus setores sensíveis, o trabalho e...
Os representantes dos países do Mercosul realizaram nesta quinta-feira, 7, uma reunião por videoconferência para decidir como será a negociação dos acordos de livre comércio.
O coordenador da Argentina, o secretário Jorge Neme, disse no encontro que o Mercosul deve estar conectado com o mundo, mas que deve proteger seus setores sensíveis, o trabalho e a criação de valor agregado na região. "Não se trata de uma abertura frívola que exponha sua estrutura de produção à concorrência externa", disse Neme, segundo um comunicado divulgado pelo embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli (na foto, com Neme).
Na mensagem publicada por Scioli, afirma-se que a postura mais cautelosa deverá valer para as negociações que estão mais no início. "A delegação argentina enfatizou que as negociações comerciais com a União Europeia e com a EFTA (Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein) estão em sua fase final, enquanto que para os outros cenários de negociação — Coreia do Sul, Singapura, Canadá e Líbano — será necessário avançar, mas protegendo setores vulneráveis da economia argentina", diz o texto.
A Argentina, há duas semanas, anunciou que ficaria de fora das novas negociações. Em seguida, seus diplomatas alegaram que foram mal interpretados. O ministro de Relações Exteriores da Argentina, Felipe Solá, vem defendendo que as negociações com outros países ocorram em uma velocidade mais lenta. O breque argentino vai na contramão do Brasil, que quer acelerar os acordos.
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