Apostando que irá recuperar direitos políticos, Witzel procura novo partido para ser candidato a governador

O processo de impeachment que tirou Wilson Witzel do comando do Palácio Guanabara, em abril de 2021, parece não ter arrefecido suas pretensões políticas. Em busca de um novo partido político, já que não há condições favoráveis no PSC, sua atual sigla, para disputar novamente o governo do Rio, o ex-governador e sua mulher, Helena, reuniram-se na última semana com a presidente do Patriota, Eliane Cunha.

A legenda chegou a ser cotada para receber Jair Bolsonaro, mas o namoro esfriou após uma ala da sigla se posicionar contra a filiação do presidente, que acabou ingressando no PL.

O projeto político também inclui Helena, que vai se filiar ao mesmo partido do marido e cogita se lançar candidata a deputada federal.

Witzel sofreu impeachment após delação do empresário Edson Torres e do ex-secretário estadual de Saúde Edmar Santos, que confessou participação em esquema criminoso de desvio de recursos. Na denúncia, Santos e Torres implicaram o ex-governador e Helena no esquema de corrupção. Além do casal, ex-integrantes do secretariado estadual também se tornaram réus em ações penais.

Witzel tem afirmado que a inelegibilidade a que está submetido é “frágil” e tenta reaver seus direitos políticos na Justiça. Ele foi condenado por crime de responsabilidade, por unanimidade, por um Tribunal Especial Misto composto por cinco deputados estaduais e cinco desembargadores, conforme prevê a Lei do Impeachment.

Na ocasião, o governador, que estava em rota de colisão com Bolsonaro, disse ser vítima de perseguição política.