Após quase uma década no Líbano, militares finalizam missão e navio chega ao Brasil
A Marinha encerra oficialmente neste sábado, 26, uma contribuição relevante para a força-tarefa marítima das Nações Unidas no Líbano, a Unifil. A chegada da fragata Independência ao Brasil marca o fim de uma missão que durou quase 10 anos. O retorno do navio de guerra e de mais de 200 militares foi determinada pelo ministro...
A Marinha encerra oficialmente neste sábado, 26, uma contribuição relevante para a força-tarefa marítima das Nações Unidas no Líbano, a Unifil. A chegada da fragata Independência ao Brasil marca o fim de uma missão que durou quase 10 anos. O retorno do navio de guerra e de mais de 200 militares foi determinada pelo ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, em julho. Desde então, a Marinha prepara a volta da tropa. A chegada da fragata será marcada por uma cerimônia na Base Naval do Rio de Janeiro.
Desde 2011, o Brasil participa da força-tarefa marítima do Líbano. A Unifil foi criada para acompanhar a retirada de tropas israelenses e ficou sob o comando das forças brasileiras. Mais de 3,6 mil militares da Marinha já passaram pela base, considerada vital para a manutenção da paz na região. Nos últimos meses, os militares brasileiros participaram de trabalhos de mitigação dos efeitos da grande explosão ocorrida no porto de Beirute, em agosto.
As equipes atuaram na prevenção de entrada de armas e drogas por via marítima, na vigilância da área e no treinamento da Marinha libanesa. De acordo com a Marinha, a força-tarefa das Nações Unidas fiscalizou mais de 71,2 mil navios, dos quais 14,1 mil foram inspecionados pelas autoridades libanesas. A assessoria da instituição informou que, mesmo com a presença reduzida, a Marinha continuará a participar da Unifil com “conhecimento e pessoal”.
Mudanças de estratégia no comando da política exterior do Brasil foram fundamentais para a decisão brasileira. A força-tarefa incomoda Israel, parceiro estratégico do Itamaraty, porque contribui para que o Líbano desenvolva sua própria força marítima.
Segundo a Marinha, a retirada da fragata e dos mais de 200 militares está alinhada com o objetivo de “fortalecer sua presença no Atlântico Sul e na Amazônia Azul, patrimônio indispensável ao desenvolvimento nacional, no sentido de aprimorar sua atual capacidade operacional, garantir a defesa da pátria e desenvolver seus programas estratégicos”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (2)
Sergio
2020-12-26 12:46:44Ahla-w-sahla !
Nyco
2020-12-25 20:23:54A repórter deixa a impressão que a referida fragata ficou por lá durante uma década. Na verdade foram várias fragatas brasileiras que se revezaram anualmente nessa missão de paz.