Após críticas de Bolsonaro, Senado trava projeto que dificulta porte de armas

O projeto que exige a realização de exame toxicológico antes da liberação de porte ou posse de armas de fogo, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, terá que passar pelo plenário da casa.

O texto poderia seguir direto para apreciação da Câmara dos Deputados. Depois de críticas do presidente Jair Bolsonaro à medida, porém, um grupo de senadores apresentou recurso à Mesa Diretora para que o projeto vá a plenário do Senado.

O relator, Otto Alencar (foto), do PSD da Bahia, votou favoravelmente à medida. “Não é recomendável que um usuário de drogas tenha acesso a armas de fogo”, justificou.

O projeto que endurece as regras para a concessão de porte e posse de armas é do senador Styvenson Valentim, do Podemos do Rio Grande do Norte, que tem sido atacado nas redes sociais pela iniciativa – especialmente depois que Bolsonaro criticou a proposta, em uma live nas redes sociais.

“A lei tem que infernizar a vida de quem está fazendo coisa errada e não de quem quer fazer a coisa certa”, disparou o presidente um dia após a CCJ aprovar o projeto que previa exame toxicológico.

“Quem quer comprar uma arma, ele não quer comprar para fazer besteira. Para fazer besteira ele vai no câmbio negro”, justificou Bolsonaro.

O requerimento para que o texto não vá direto para a Câmara dos Deputados é do senador Telmário Mota, do Pros de Roraima, e foi subscrito por outros 11 parlamentares.