Isac Nóbrega/PR

Após Bolsonaro falar em ‘meu Exército’, escolha de ministro associado ao presidente preocupa

29.03.21 17:13

A possível escolha de um ministro palaciano para substituir o general Fernando Azevedo e Silva preocupa militares e o Congresso Nacional – o receio é de que a associação do futuro chefe do Ministério da Defesa com o presidente Jair Bolsonaro transmita uma imagem de intervenção do Planalto nas Forças Armadas. A nota de demissão de Azevedo ajudou a alimentar esses rumores. O general afirmou que, enquanto esteve no cargo, preservou “as Forças Armadas como instituições de Estado”.

Os ministros Braga Netto, da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, estão entre os cotados para substituir Azevedo. Os dois generais da reserva estão entre os auxiliares mais próximos de Jair Bolsonaro. Desde que entrou em embate com governadores e prefeitos em razão da imposição de medidas restritivas nos estados, o presidente já usou um pronome possessivo ao menos duas vezes para se referir à instituição.

“O meu Exército não vai para a rua para cumprir decreto de governadores. Não vai. Se o povo começar a sair de casa, entrar na desobediência civil, não adianta pedir o Exército, porque meu Exército não vai”, afirmou Bolsonaro no último dia 19. “Não vou decretar lockdown e meu Exército não vai obrigar o povo a ficar em casa”, já havia afirmado o presidente no dia 8 de março.

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