Antes de julgamento sobre delação, Fachin recebeu advogado de Cabral
Antes do julgamento do recurso da Procuradoria-Geral da República contra a homologação do acordo de delação premiada de Sérgio Cabral iniciado na sexta-feira, 21, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin recebeu, por videoconferência, um advogado do ex-governador do Rio. A conversa ocorreu na manhã de quarta-feira, 19. O advogado Márcio Delambert levou a Fachin...
Antes do julgamento do recurso da Procuradoria-Geral da República contra a homologação do acordo de delação premiada de Sérgio Cabral iniciado na sexta-feira, 21, o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin recebeu, por videoconferência, um advogado do ex-governador do Rio. A conversa ocorreu na manhã de quarta-feira, 19.
O advogado Márcio Delambert levou a Fachin os principais argumentos que constam de um memorial entregue pela defesa de Cabral ao STF. Um deles é de que a delação foi usada em diversos inquéritos pela própria PGR, que agora pede a anulação do acordo. Ainda segundo o defensor do ex-governador, não há provas de que o emedebista ainda esconda valores no exterior, como suspeita o MPF.
O recurso estava com Fachin havia mais de um ano e só foi pautado na semana passada, depois que veio à tona que um dos delatados nos anexos complementares de Sérgio Cabral era o ministro Dias Toffoli.
Ao abrir o julgamento virtual na sexta-feira, 21, Fachin acolheu o argumento da PGR de que o acordo feito com a Polícia Federal deveria ter tido a anuência do MPF e tornou sem efeito o ato dele próprio que homologou a delação de Cabral em fevereiro do ano passado.
Apesar de votar contra Cabral, o ministro relator se manifestou no mérito contra os argumentos usados pela PGR para contestar a delação feita pelo o ex-governador do Rio com a PF. Segundo a PGR, Cabral "não cessou a prática de condutas delituosas" porque "permanece ocultando produto ou proveito criminoso". Para Fachin, no entanto, cabe à PGR provar que Cabral continua escondendo dinheiro e "desconstituir a presunção de boa-fé que vige no
ordenamento jurídico pátrio".
Até a noite de sexta-feira, 21, o placar estava em 3 a 1 pela anulação da delação. Além de Fachin, Gilmar Mendes e Kassio Marques também votaram para derrubar o acordo de colaboração premiada. Gilmar ainda defendeu que o delegado responsável pelo caso seja investigado por abuso de autoridade e violação de sigilo profissional. O ministro Luís Roberto Barroso votou pela manutenção da delação.
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Comentários (10)
Alessandro
2021-05-24 13:45:10Sempre esse olhar angustiado, “ser ou não ser”... deve ser terrível...
Marcio Bastos Barcellos e Silva
2021-05-24 10:05:56Pra que serve esse STF? Só gera confusão, o que favorece sempre aos bandidos de toga e colarinho branco.
Marcio Bastos Barcellos e Silva
2021-05-24 10:05:56Pra que serve esse STF? Só gera confusão, o que favorece sempre aos bandidos de toga e colarinho branco.
Carlos
2021-05-23 14:51:10Verdadeira insegurança juridica: o Ministro homologa a delaçao depois ele proprio vota pela anulaçao da homologaçao. A Pgr utiliza fatos delatados em seus requerimentos e agora pede a anulaçao da homologaçao. Onde vamos parar?
Maria
2021-05-23 09:21:41LAKASSIO CUMPEINDO A SUA MISSÃO!!!
Daniel dos Santos
2021-05-22 21:26:47Impeachment e cadeia para Toffoli já!
Maria
2021-05-22 16:25:15Será 9x1, se Toffoli declarar-se suspeito. O que deveria ser.
Iberê
2021-05-22 13:23:02Desesperança... vive com maior segurança os desonestos, são maioria e se protegem.
Carlos
2021-05-22 12:07:34Desculpa esfarrapada querer saber se o Cabral ainda esconde dinheiro. E o gordinho safado da Bahia que pegaram os 50 milhões dele e agora ele está solto. como funciona essa justiça? Se o juiz do STF não tem nada a esconder,levem a investigação adiante. Agora punir investigadores por estarem fazendo seus trabalhos é quer impedir os trâmites legais de uma investigação. A justiça é para todos ou não?
Maria
2021-05-22 08:48:18Vender sentença não tem problema, o crime é ter entregado o STF🤯