Alvo de operação, MBL aparece em linha do tempo da 'desinformação no Brasil', segundo o Facebook
Alvo de uma operação do Ministério Público Estadual de São Paulo, o Movimento Brasil Livre é citado no mesmo relatório que derrubou contas ligadas a homens de confiança do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais. O grupo figura em uma linha do tempo da "desinformação no Brasil". O relatório divulgado nesta quarta-feira, 8, esmiuçou a...
Alvo de uma operação do Ministério Público Estadual de São Paulo, o Movimento Brasil Livre é citado no mesmo relatório que derrubou contas ligadas a homens de confiança do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais. O grupo figura em uma linha do tempo da "desinformação no Brasil".
O relatório divulgado nesta quarta-feira, 8, esmiuçou a relação entre assessores de gabinetes bolsonaristas, um deles lotado no próprio Palácio do Planalto, e a rede de milícias digitais criada para destruir reputações e encampar pautas do governo.
O estudo teve como base um relatório do Digital Forensic Research Lab, o DRFLab, ligado ao Atlantic Council. O documento é inteiramente voltado à teia de blogueiros bolsonaristas, mas traz um detalhe sobre a história recente do Brasil Livre.
Em uma linha do tempo, o DRFLab traça um histórico da "desinformação no Brasil", cujo primeiro capítulo é registrado em 25 de julho de 2018, nas proximidades das eleições, quando candidatos do MBL ainda apoiavam o então presidenciável Jair Bolsonaro. Nesta data, o Facebook derrubou 183 contas ligadas ao grupo.
Entre as contas fechadas pela rede social estão os sites Jornalivre e Ceticismo político, que contavam com a participação do empresário Luciano Ayan, preso nesta sexta-feira, 10, em uma investigação sobre lavagem de dinheiro.
A investigação aponta Ayan como peça em um esquema de constituição de empresas de fachada e contas de passagem da suposta lavagem de dinheiro. No entanto, no curso do inquérito, o MP identificou que ele "dissemina fake news" e "ameaça aqueles que questionam as finanças do MBL".
Coordenador do MBL em São Paulo, o advogado Rubens Nunes afirma que o movimento nunca "sofreu inquérito, processo, ou qualquer questionamento jurídico por propagação de fake news".
Em nota, o Movimento Brasil Livre informou que os dois empresários presos não são fundadores, nem têm relação com o MBL. "Importa destacar que não existe confusão empresarial entre Movimento Brasil Livre e Movimento Renovação Liberal, haja vista que o MBL não é uma empresa, mas sim uma marca, sob gestão e responsabilidade do Movimento Renovação Liberal – única pessoa jurídica do Movimento – o que é fato público e notório, inclusive posto publicamente em inúmeros litígios onde a entidade figura como autora e até mesmo Requerida", afirma.
O MBL ainda afirma que "as atividades empresarias e familiares dos fundadores do MBL são anteriores ao próprio Movimento e não possuem qualquer vinculação, haja vista que não possuem qualquer conexão ou convergência de finalidade".
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)