Mateus Bonomi/CrusoéDavi Alcolumbre tem sido aconselhado a destronar a casta de servidores que domina a burocracia da casa há anos

Alcolumbre emprega a mulher do primo

08.02.19 07:01

O novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (foto), do DEM, emprega em seu gabinete a mulher de um primo. Vania Alcolumbre ocupa o cargo de “ajudante parlamentar pleno”, com salário bruto mensal de 3,8 mil reais, segundo dados do portal da transparência da Casa.

Filiada ao mesmo partido que o chefe, ela trabalha com Alcolumbre desde a época em que ele era deputado federal. Antes de se eleger para o primeiro mandato no Senado, o parlamentar do Amapá exerceu três mandatos na Câmara, entre os anos de 2003 e 2015.

Segundo informações do Senado, Vania fica lotada no escritório de apoio de Alcolumbre em Macapá. Sem se identificar como imprensa, Crusoé ligou para o local na tarde desta quinta-feira, 7, mas não a localizou. “Vania? Não tem nenhuma Vania aqui, querido”, respondeu a atendente.

Legalmente, Alcolumbre não desrespeita a legislação sobre nepotismo. Súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal proíbe a contratação de parentes em linha reta,  colateral ou por afinidade de até terceiro grau. O primo, por sua vez, é considerado parente de quarto grau.

Procurada por e-mail e por mensagem de celular, a assessoria de Alcolumbre não respondeu até o momento.

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  1. Isso é notícia que deve ir para o ar ? Mesmo que fosse do PT, PSOL, PDdoB, todos de esquerda eu acharia a mesma coisa. Ou seja, se o próprio site que comenta diz que é legal, qual seria o problema ?

  2. O autor da matéria não procurou saber antes de escrever o seu texto que de acordo com a súmula vinculante editada pelo STF, será considerado nepotismo a contratação de maridos, esposas, pais, avós, bisavós, filhos, netos, bisnetos, irmãos, sobrinhos, tios, sogros, sogras, cunhados, genros e noras. Que até a contratação de primos é permitida, pois os primos são considerados parentes de 4º grau e pela Súmula, está vetada a contratação de familiares somente até 3º grau. Imaginem a “mulher do primo”

    1. Não sei se está faltando competência, profissionalismo ou supervisão, ou então, as três coisas juntas.

  3. Ninguém se lembra mais que os filhos do Lula e e a filha da Dilma enriqueceram, repentinamente, quando seus pais se tornaram mandatários da Nação. Sem a menor sombra de escrúpulo!

    1. Não importa se é parente ou não. A questão é que ninguém no lugar onde ela deveria trabalhar a conhece. Isso se chama funcionária fantasma.

  4. Se for competente e de confiança, não vejo necessidade para alarde, salvo, falta de notícia mais importante. Ruim mesmo era se fosse a mulher de um Zé Dirceu, Pedro Stédile, Haddad, Renan, Boulos... ou marido de Gleissi Hoffman, Kátia Abreu, Manuela D'ávila etc. Vou procurar ver antes de ler se a matéria é de autoria desse Igor Gadelha e, se o for, procurar evitar. Geralmente, é de pouca ou quase nenhuma importância, diante de tantos outros assuntos muito mais relevantes.

  5. Não vejo relevância nesse tipo de jornalismo. Essa notícia é a mesma da tia do Açaí, irrelevante e, como a própria matéria registra, não tem nada de ilegal, inclusive a legislação ampara o assessoramento fora dos gabinetes. Podre!

  6. Se nem a legislação nem o STF vetam tal contratação, qual é a razão de se escrever tal artigo, Gadelha? Pode nos explicar?

    1. É bom eles estarem sempre antenados assim. Se a imprensa tivesse sido assim sempre não teríamos chegado onde chegamos. É que quando é sobre alguém apoiamos isso irrita às vezes, faz parte.

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