Alberto Fernández toma posse e promete reforma da Justiça e do setor de inteligência
O peronista Alberto Fernández (foto) assumiu a presidência da Argentina nesta terça-feira, 10, ao lado de sua vice-presidente, Cristina Kirchner. Após vestir a faixa presidencial, Fernández fez um discurso no Congresso. Um dos momentos de maior êxtase foi quando ele prometeu uma reforma integral da Justiça e do setor de inteligência. Fernández acusou o governo...
O peronista Alberto Fernández (foto) assumiu a presidência da Argentina nesta terça-feira, 10, ao lado de sua vice-presidente, Cristina Kirchner.
Após vestir a faixa presidencial, Fernández fez um discurso no Congresso. Um dos momentos de maior êxtase foi quando ele prometeu uma reforma integral da Justiça e do setor de inteligência.
Fernández acusou o governo de seu antecessor, Mauricio Macri, de conduzir o aparato judicial para perseguir opositores. "Nós assistimos a perseguições indevidas, que foram silenciadas por uma certa complacência da mídia. Por isso, venho a manifestar frente a essa Assembleia e ao povo argentino um contundente 'nunca mais'. Nunca mais a uma Justiça contaminada pelos serviços de inteligência. Nunca mais a uma Justiça contaminada por procedimentos obscuros e por linchamentos midiáticos. Nunca mais a uma Justiça que judicializa processos para eliminar o adversário do momento", disse Fernández.
Cristina Kirchner, que governou o país de 2007 e 2015, foi acusada em mais de dez processos de cometer diversos crimes, como corrupção, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O novo presidente também disse que reformará o setor de inteligência. No último ano do governo de Cristina Kirchner, o procurador federal Alberto Nisman foi assassinado em sua casa. Ele investigava o atentado terrorista promovido pelo Hezbollah no prédio da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994, que deixou 85 mortos. Em 2013, Cristina costurou um acordo com o Irã em que o país, que financia o Hezbollah, participaria das investigações do caso. Nisman denunciou Cristina e outros funcionários do governo por tentar acobertar os autores do atentado. Em decisões em duas instâncias, a Justiça argentina entendeu que ele foi morto por causa dessa denúncia. Durante o governo de Macri, Cristina foi acusada de traição à pátria.
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Comentários (10)
ROGERIO
2019-12-11 15:43:42A direita argentina terá uma bancada grande na assembleia nacional. Podem tentar um impeachment do novo presidente caso ele atente contra a autonomia do judiciário. O problema é a vice dele então ter que assumir...
Roberto
2019-12-11 11:23:24Começou muito bem..... o caminho da "venezuelalização"...
Carlos
2019-12-10 19:56:12Inteligência argentina? k kkk Justiça? kkkkkll
Carlos
2019-12-10 19:48:43País sem dinheiro e eles aproveitam para criar mais Ministérios. Lembra muito os governos anteriores do Brasil, onde criavam novas pastas para o toma lá dá cá com os demais partidos. Pobre Argentina.
Carlos
2019-12-10 19:45:35Igual ao Brasil, está em liberdade graças ao absurdo do foro privilegiado.
JORGE
2019-12-10 19:14:57Reformar a justiça. É o que o STF está tentando aqui no Brasil. Lá é pra proteger a verdadeira presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Aqui é pra proteger o grupo que compõe a ORCRIM
Marco
2019-12-10 18:37:45Argentina recomeça hoje novo período de obscurantismo político, de corrupção, de regressão econômica e pobreza generalizada. Infelizmente, nossos vizinhos não sabem, como os brasileiros, votar. Adoram bandidos prolixos e seguidamente os prestigiam.Não aprendem.
Maria
2019-12-10 16:16:00será que vai fazer reforma do judiciário como Lula fez escolhendo pessoas sem qualificação que foram reprovadas em concursos públicos para aparelhamento da justiça j
MARIANO
2019-12-10 15:37:06Apoiamos com dentes e unhas o que temos de bom para que esses Narco políticos não voltem ao poder no Brasil. Apoiemos o Sérgio Moro e o pessoal da Lava Jato
Carlos
2019-12-10 15:24:55QUERO MAIS QUE SE FODAM OS ARGENTINOS