Agrado a caminhoneiros terá ajuda do Banco do Brics de Dilma
O governo brasileiro autorizou a assinatura de uma operação de empréstimo de 1 bilhão de dólares entre o país e o New Development Bank, o Banco do Brics, comandado por Dilma Rousseff. A autorização dada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad — foi revelada nesta segunda-feira (28). Em portaria publicada no Diário Oficial da União, a...
O governo brasileiro autorizou a assinatura de uma operação de empréstimo de 1 bilhão de dólares entre o país e o New Development Bank, o Banco do Brics, comandado por Dilma Rousseff. A autorização dada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad — foi revelada nesta segunda-feira (28).
Em portaria publicada no Diário Oficial da União, a pasta indica que o valor (atualmente em 4,88 bilhões de reais) será utilizado para o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI) do BNDES. O objetivo do banco de fomento é usar do capital para facilitar a obtenção de crédito por micro, pequenas e médias empresas (MPE). O dinheiro pode ser utilizado também para empreendedores individuais (MEI) e caminhoneiros autônomos em busca de modernização.
A reconquista dos caminhoneiros tem sido um ponto nevrálgico na agenda de Lula no primeiro ano de seu terceiro mandato. Em 2015, Dilma Rousseff, então presidente, usou de uma linha de investimento para agradar o setor. No início de seu segundo mandato, ela sancionou a Lei dos Caminhoneiros, perdoando dívidas contraídas em anos anteriores desses profissionais. O efeito foi limitado. Os caminhoneiros bloquearam estradas pedindo o impeachment de Dilma e depois se converteram em uma aguerrida base de apoio de Jair Bolsonaro. .
O empréstimo já havia sido autorizado pelo plenário do Senado em abril deste ano, envolvendo uma taxa Libor de seis meses (atualmente na média de 2,87%) em dólares americanos, acrescida de spread de 1,25% ao ano. O Tesouro Nacional estimou que a Taxa de Retorno (TIR) é de 2,45% ao ano e uma durará 14,1. O custo de captação do Tesouro no mercado internacional de 4,21%, considerado dentro dos patamares esperados pelo governo.
Modelos de contrato deste tipo, no entanto, devem ser mais raros a partir de agora: Dilma indicou na semana passada, em entrevista ao Financial Times, que o objetivo do banco é emprestar em real — para evitar a dependência do dólar. Ao jornal, ela indicou que espera entre 8 bilhões a 10 bilhões de dólares em empréstimos com moeda local. "Nosso objetivo é alcançar próximo a 30% de tudo o que emprestamos", disse.
O banco já empresta em renminbi (a moeda local chinesa) e planejar emprestar em rúpias indianas e em rand sul-africano. A meta, no entanto, é difícil de ser alcançada, uma vez que o banco é altamente exposto a problemas com o sistema financeiro russo. O NDB teve de se retirar de Moscou, justamente para evitar sanções do sistema financeiro internacional.
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Comentários (2)
Amaury G Feitosa
2023-08-29 08:19:57Financiar caminheiros com a Libor é alta irresponsabilidade pois se o dólar disparar e o futuro econômico financeiro é incerto e altamente volátil os problemas chegam rápido ... peguem a grana do BNDES que o bando quer enviar prá Argentina e Angola que é o correto e emprestem para modernizar a frota algo bom sim se o país crescer mas quem garante isto? o que querem mesmo é amaciar e cooptar os caminhoneiros como fazem com todos pelo dinheiro, mas o tiro pode sair pela culatra e ligeiro bala.
MARCOS ANTONIO RAINHO GOMES DA COSTA
2023-08-28 18:41:21ELES ESTÃO PENSANDO QUE CAMINHONEIRO É POLÍTICO? SE VENDE POR DINHEIRO? VÃO QUEBRAR A CARA.