Acervo da PF em São Paulo pode abastecer Lava Jato Eleitoral pelo país
O acervo utilizado pela Polícia Federal de São Paulo na investigação sobre pagamentos ilícitos da Odebrecht ao ex-governador Geraldo Alckmin (foto), do PSDB, reúne provas contra diversos políticos e pode abastecer a chamada Lava Jato Eleitoral em outros estados. O tucano foi denunciado na semana passada por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e caixa dois...
O acervo utilizado pela Polícia Federal de São Paulo na investigação sobre pagamentos ilícitos da Odebrecht ao ex-governador Geraldo Alckmin (foto), do PSDB, reúne provas contra diversos políticos e pode abastecer a chamada Lava Jato Eleitoral em outros estados.
O tucano foi denunciado na semana passada por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e caixa dois eleitoral pelo suposto recebimento de 11,3 milhões de reais da empreiteira nas eleições de 2010 e 2014, ao governo de São Paulo. Os repasses foram delatados pelos ex-executivos da Odebrecht que fecharam acordo de colaboração premiada. Alckmin nega.
Como mostrou Crusoé, a acusação está baseada em planilhas, mensagens e áudios que foram entregues pelo doleiro e por um agente da transportadora de valores que fazia os pagamentos ilícitos da Odebrecht. No mesmo acervo onde a PF de São Paulo encontrou as provas usadas na denúncia contra Alckmin tem os indícios de pagamentos vinculados a 90 codinomes de políticos.
Entre os políticos vinculados aos repasses estão nomes como os dos ex-ministros Romero Jucá, Henrique Eduardo Alves e Edison Lobão, todos do MDB do Norte e Nordeste, e os ex-governadores Agnelo Queiroz (PT-DF), Beto Richa (PSDB-PR), José Agripino (DEM-RN), Marconi Perillo (PSDB-GO), Raimundo Colombo (PSD-SC) e Sandoval Cardoso (SD-TO).
Dos políticos que teriam recebido dinheiro da Odebrecht por meio de intermediários em São Paulo e que permanecem com mandato, apenas o senador Ciro Nogueira, do Progressistas do Piaui, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República.
Mas no acervo de provas da PF também aparecem os repasses vinculados à deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) e aos deputados senadores Jader Barbalho (MDB-PA) e Kátia Abreu (PP-TO), cujo inquérito já foi arquivado pelo Supremo Tribunal Federal. Em março do ano passado, o STF decidiu que os casos de corrupção vinculados a caixa dois de campanha deveriam ser investigados e julgados no âmbito da Justiça Eleitoral, onde o ritmo dos inquéritos tem se mostrado ainda mais moroso do que o normal.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (4)
Nelson
2020-07-30 15:19:19E diante desta notícia? Augusto Aras vai pedir também essa documentação e tomar as devidas providências cabíveis?
Joao
2020-07-30 12:25:28Até tu, picolé de chuchu!!!!
Andre
2020-07-30 08:50:51E UMA GRAÇA....COMO A SUB-RAÇA ACEITA TUDO. E O ROUBO CONTINUA. EM TODAS AS ESFERAS.
Orchidea
2020-07-30 08:39:46Com essas provas documentadas da Polícia Federal ,o que diria o Excelentíssimo Procurador da Republica , Sr . Aras ? É tudo mentira? Aguardemos...