A reação do STF após pedido de inquérito contra Toffoli
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, liberou para julgamento nesta quarta-feira, 12, um recurso em que a Procuradoria-Geral da República contesta a homologação do acordo de delação premiada firmado entre o ex-governador do Rio Sergio Cabral e a Polícia Federal. O caso será analisado pelo plenário virtual da corte, entre 21 e 28...
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, liberou para julgamento nesta quarta-feira, 12, um recurso em que a Procuradoria-Geral da República contesta a homologação do acordo de delação premiada firmado entre o ex-governador do Rio Sergio Cabral e a Polícia Federal. O caso será analisado pelo plenário virtual da corte, entre 21 e 28 de maio.
O recurso estava sob análise de Fachin desde março de 2020. O agendamento ocorre uma semana após a PF encaminhar ao Supremo um pedido de abertura de inquérito para investigar supostos pagamentos ilícitos ao ministro Dias Toffoli (foto).
O pedido de apuração baseia-se na delação de Cabral. No acordo, o ex-governador do Rio afirma que Toffoli recebeu cerca de 4 milhões de reais para favorecer dois prefeitos do estado do Rio em processos no Tribunal Superior Eleitoral, onde o ministro ocupou uma cadeira entre 2012 a 2016. Os repasses teriam sido feitos por meio do escritório da advogada Roberta Rangel, mulher de Toffoli, entre 2014 e 2015.
Ao receber o pedido de abertura de inquérito para investigar Toffoli, Edson Fachin remeteu o documento à Procuradoria-Geral da República para manifestação. Em nota à imprensa, Toffoli disse “não ter conhecimento dos fatos mencionados" e que "jamais recebeu os supostos valores ilegais”.
Caso a delação de Cabral seja invalidada, caem os indícios que embasam o pedido de investigação de Toffoli. A decisão ainda pode resultar na mudança da jurisprudência do Supremo, que, em junho de 2018, entendeu que a PF tem competência para assinar delações, sem o aval da PGR.
Negociada com a Polícia Federal, a delação de Cabral foi homologada por Fachin em fevereiro de 2020, mesmo após parecer contrário da PGR. Antes, o acordo já havia sido rejeitado pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro.
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Comentários (10)
DOMINGOS
2021-05-19 00:20:27São Cumpanheros!!!
Sônia
2021-05-17 12:35:04Chegou em ARAS .ANULA
Celso
2021-05-13 10:16:23Vamos reparar essa grande injustiça brasileira, com direito a devolução dos valores confiscados do Sr. Sergio Cabral e viramos a pagina o plenário vota a favor o Sr. Deus Gilmar invoca na necessária prisão do sr. Sergio Moro e Bretas e continuamos a farra das elites no Brasil
Wanderlei
2021-05-13 10:12:29Só uma CPI Lava Toga para purgar a ferida.
LUCIANO
2021-05-13 08:23:31Sem juízo de valor, mas quando qualquer vagabundo é pego com a boca na botija, as declarações em geral são de que não tem nada a ver com aquilo e que confiam na justiça brasileira. Esta parte do roteiro está batendo. Seria ótimo para Toffoli uma investigação ampla, transparente, com quebras de sigilo telefônico e fiscal para DIRIMIR qq dúvida sobre sua inocência. Varrer p debaixo do tapete, de novo, não parece ser mais solução possível. STF precisa defender sua honra.
JULIO
2021-05-13 08:00:42Como o esquema é muito maior, e considerando que os três poderes estão corrompidos e trabalhando em conjunto para assegurar a impunidade, acho melhor pedir ajuda a um tribunal Internacional para assegurar a seriedade do que vier a ser decidido. No país da corrupção, Não salva um meu irmão. O país não aguenta mais tá tá corrupção.
Sinvall
2021-05-13 07:20:52Para encerrar o espetáculo sugiro que Sergio Cabral seja libertado e escolhido para a próxima vaga do famoso STF brasileiro.
Caio
2021-05-13 06:39:04A corte contra a corte...Ahh conta outra...
Marcelo
2021-05-13 05:51:55uma Corte Bolivariana tipica, acho que um dia teremos que fugir pra Venezuela.
Newton
2021-05-13 02:09:45Quem não deve, não tem. A resistência de Toffoli só reforçam a delação de SC.