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A prisão do peruano Alejandro Toledo e a internacionalização da Lava Jato

16.07.19 17:39

O ex-presidente do Peru, Alejandro Toledo (foto), foi preso na Califórnia nesta terça-feira, 16.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acatou um pedido para que Toledo seja extraditado e possa responder a um processo na Justiça peruana.

“A extradição de um ex-presidente é um fato raro, mas que está começando a acontecer com mais frequência. A detenção manda um sinal de que criminosos não ficarão impunes se fugirem para outro país”, diz o advogado Dorival Guimarães Pereira Júnior, professor de relações internacionais do Ibmec, em Belo Horizonte.

A prisão de Toledo também é um indício de que a Lava Jato brasileira, após auxiliar os procuradores peruanos, poderá se beneficiar com a troca de informações. “Os peruanos deverão compartilhar seus achados com as autoridades brasileiras, o que poderá ter repercussões diversas como a abertura de novas investigações ou a anulação de delações premiadas”, diz Guimarães Pereira. “Trata-se de um reforço para a operação Lava Jato, que se internacionalizou.”

Toledo teve a prisão preventiva decretada em 2017 por tráfico de influência, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Por mais de dois anos, ele viveu foragido nos Estados Unidos.

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