A defesa de Ernesto Araújo à família Bolsonaro
Ernesto Araújo (foto) não titubeou ao defender a correção de sua postura diante de um conflito entre o deputado Eduardo Bolsonaro e o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, em meados de 2020, quando saiu em defesa da família do presidente da República nas redes sociais. Na sessão desta terça-feira, 18, da CPI da...
Ernesto Araújo (foto) não titubeou ao defender a correção de sua postura diante de um conflito entre o deputado Eduardo Bolsonaro e o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, em meados de 2020, quando saiu em defesa da família do presidente da República nas redes sociais.
Na sessão desta terça-feira, 18, da CPI da Covid, Ernesto argumentou que um "embaixador está sujeito a determinados limites na sua atuação que são diferentes dos limites de um parlamentar ou de um cidadão do país onde ele exerce suas funções".
"Me parece algo muito grave um embaixador que está comprometido com os princípios da Convenção de Viena, com a prática diplomática, retuitar uma publicação que diz que o chefe de Estado daquele país, que a família daquele chefe de Estado, é o veneno do Brasil", emendou.
O episódio mencionado pelo chanceler aconteceu em março de 2020. Na ocasião, Eduardo, então presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, atacou o governo chinês pela condução da crise do coronavírus e o culpou pela pandemia. “Mais uma vez uma ditadura preferiu esconder algo grave a expor tendo desgaste, mas que salvaria inúmeras vidas”, escreveu.
Em resposta, Wanming declarou que as palavras do filho '03' do presidente eram um "insulto maléfico contra a China e o povo chinês" e compartilhou um tuíte que afirmava que a família Bolsonaro era "o grande veneno deste país".
Foi então que Ernesto Araújo interveio no embate, com a artilharia voltada a Wanming. O chanceler indicou não se arrepender da postura. "Eu escrevi ao chanceler da China com queixas sobre a atuação do embaixador da China, em nome das boas relações Brasil-China", disse, na sessão desta terça-feira.
Questionado pelo senador Humberto Costa se Eduardo Bolsonaro poderia "falar o que quisesse da China", o ex-chanceler respondeu que não. "Inclusive, na nota que respondeu a essa troca de mensagens, chamei atenção para o fato de que não endossávamos as falas do deputado", contemporizou.
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Comentários (2)
PAULO
2021-05-18 15:44:27Bolsonaro é um péssimo gestor e um péssimo pai. No que tange a gestão do país, é uma tragédia no enfrentamento da pandemia e na tomada de decisões globais, que impactam a vida dos brasileiros. Com relação aos filhos, não coloca limites para os seus rebentos, deixando os MOLEQUES fazer do governo um parquinho de diversão, e é uma diversão macabra, pois impactam a vida e com potencial de causar a morte de brasileiros.
ARNALDO
2021-05-18 15:43:08Sim, foi culpa do embaixador! A famíglia do bozo sempre cultivou as "boas relações" com a China.