4x2: Alexandre de Moraes vota para anular delação de Cabral
O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal, votou para anular a homologação do acordo de colaboração premiada firmado entre o ex-governador do Rio Sergio Cabral e a Polícia Federal. O placar, agora, está em 4 a 2 pela derrubada da delação. Os ministros têm até sexta-feira, 28, para finalizar o julgamento virtual....
O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal, votou para anular a homologação do acordo de colaboração premiada firmado entre o ex-governador do Rio Sergio Cabral e a Polícia Federal. O placar, agora, está em 4 a 2 pela derrubada da delação. Os ministros têm até sexta-feira, 28, para finalizar o julgamento virtual.
A corte avalia um recurso da Procuradoria-Geral da República que contesta a validade do acordo. O agravo foi incluído na pauta do plenário dias após a PF apresentar ao Supremo um pedido de investigação sobre Dias Toffoli, com base na delação de Cabral.
Ao avaliar o caso, Alexandre de Moraes afirmou que, no recurso, a PGR reúne indícios "robustos" de que o ex-governador do Rio feriu os princípios de boa-fé, porque mentiu e omitiu fatos. Além disso, diz o ministro, o órgão indicou que Cabral insistiu na prática criminosa.
Moraes argumentou que, conforme apuração da PGR, ao todo, Cabral recebeu 545,6 milhões de reais em propina, "porém boa parte dos bens e valores recebidos de forma ilícita permanecem com a sua localização desconhecida ou oculta, em patente situação de ocultação". O ministro anotou que, caso a homologação seja validada, Cabral terá de devolver aos cofres públicos o valor de 380 milhões de reais previstos no acordo, mas, ainda assim, permaneceria com ao menos 170 milhões de reais obtidos de forma irregular.
"É incompatível com as finalidades ao acordo de colaboração premiada que o colaborador, ao mesmo tempo em que celebra o acordo e garante os benefícios legais, continue a praticar crimes, afinal, é cláusula implícita a qualquer acordo de colaboração premiada a obrigação de o colaborador cessar a prática criminosa e não voltar a delinquir", concluiu.
Moraes ainda concordou com o ministro Gilmar Mendes quanto ao pedido de investigação pela PGR do delegado responsável pelo acordo de delação pela suposta prática dos crimes de abuso de autoridade e de divulgação de segredo profissional.
Para embasar o voto, Moraes sublinhou que, após Toffoli determinar o arquivamento de 12 inquéritos abertos com base na delação de Cabral, em alinhamento a um parecer de Augusto Aras, o delegado passou a recolher novas declarações, que imputavam crimes ao ministro e ao PGR.
"A conduta de continuidade da elaboração de anexos e realização de investigações preliminares sem observância da legislação, mesmo após o arquivamento dos inquéritos instaurados com base em seus anexos pelo
Supremo Tribunal Federal, a partir de requerimentos do procurador-geral da República, demonstraram o extravasamento dos limites razoáveis da discricionariedade da Polícia Judiciária, com efetiva demonstração de arbitrariedade e, consequentemente, ineficácia do acordo de colaboração premiada celebrado pela Polícia Federal com frontal oposição do Ministério Publico."
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Comentários (10)
Nelson
2021-05-26 18:44:19O podre sustentando a podridão longe da faxina.
JOSE
2021-05-26 13:13:39Para vivermos em um País descente é necessário acabar com às indicações políticas para o judiciário. Para assumir cargo no STF, STJ e mais só por concurso público para juízes já com experiência , conduta verdadeiramente ilibada e notório saber jurídico comprovado. Mas este definivamente não é o País da seriedade.
VARLICE
2021-05-26 11:44:09Que vergonha! Que vergonha! Que vergonha!
Ricardo
2021-05-26 11:41:14Está mais do que na hora de se abrir a "caixa preta" do STF... Ao mesmo tempo em que suas excelências precisam ser questionadas quando se comportam de forma duvidosa e enviesada, devemos reformar a nomeação de ministros, que tem que ser magistrados de carreira, sem indicação política, e de preferência ao se formar uma lista tríplice de postulantes, o indicado será por voto popular. Do jeito que está, o STF tem cada vez menos credibilidade para ser o guardião da Constituição Federal. Mudanças JÁ!
Iberê
2021-05-26 11:29:02O Brasill é um país de mérda. Tófolli está salvo.
Vasconcellos
2021-05-26 11:08:07No Brasil, ninguém está acima da Lei. Exceto o STF. E o STJ. E a Câmara. E o Senado. E os "amigos". Etc., etc..
Maria
2021-05-26 10:50:08Chegou nos togados, tem que parar!!! Eles podem fazer qq bandalheira, pois se protegem. Que país é esse?????? 🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮
Alexandre
2021-05-26 08:29:12ESSE PAÍS TA PRECISANDO DE UMA GUERRA CIVIL
Etelvina
2021-05-26 07:34:59Mais um escândalo à vista!Não sei como o Brasil pode se sustentar em vista de tanta bandalheira!!!Só Deus,pra nos ajudar!!!
Rogerio
2021-05-26 06:14:00Fato e: mais corrupto, mais na me... com Covid. Brasil, Mexico, Venezuela, China, Russia, India, Filipinas,....Ja notaram ?