Senadores que disputam vaga no TCU são aprovados em comissão; votação vai a plenário
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou nesta terça-feira, 14, os nomes dos senadores Antônio Anastasia, do PSD de Minas Gerais, Fernando Bezerra, do MDB de Pernambuco, e Kátia Abreu, do Progressistas do Tocantins, para disputar uma vaga no Tribunal de Contas da União. A votação em plenário será realizada ainda nesta tarde e...
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou nesta terça-feira, 14, os nomes dos senadores Antônio Anastasia, do PSD de Minas Gerais, Fernando Bezerra, do MDB de Pernambuco, e Kátia Abreu, do Progressistas do Tocantins, para disputar uma vaga no Tribunal de Contas da União. A votação em plenário será realizada ainda nesta tarde e o resultado é considerado uma incógnita entre os senadores, apesar de Kátia Abreu ser vista como favorita pelos colegas.
Na comissão, os candidatos ao TCU fizeram discursos bem diferentes: Anastasia se apresentou como um quadro técnico, Bezerra falou de suas quatro décadas de vida pública e Kátia Abreu preferiu um discurso mais emotivo, em que contou detalhes de sua vida pessoal.
O senador Antônio Anastasia exibiu o que considera credenciais técnicas para o cargo, como formação em direito e mestrado na área. O parlamentar elogiou o corpo técnico do TCU e afirmou ter “perfil de magistrado”, por características como “serenidade, paciência e bom senso”. Anastasia prometeu que, se escolhido, fará um trabalho de “aliança entre conhecimento e sensibilidade”.
“Não basta conhecimento, é fundamental que os titulares desses cargos tenham também a sensibilidade para a gestão. O TCU já tem seu corpo técnico muito apurado, cabe aos ministros a sensibilidade de sopesar no caso concreto quais são os desdobramentos de sua decisão, quais são as consequências de seus atos que repercutem na vida de milhões de pessoas”, afirmou o parlamentar do PSD. Anastasia disse ainda ter “autoridade intelectual para liderar equipes”.
Fernando Bezerra citou por diversas vezes sua atuação na Assembleia Constituinte de 1988, para demonstrar experiência como parlamentar. Bezerra, entretanto, enfrenta a resistência de auditores do TCU em razão de seu passado de escândalos: o senador já foi investigado e indiciado pela Polícia Federal por corrupção. Ele é acusado de receber 10 milhões em propina de empreiteiras.
“Desde 1891, todas as seis constituições brasileiras consagraram o papel fiscalizador do TCU. Nós que fomos constituintes de 1988 mantivemos o TCU como responsável por ajudar o Congresso na fiscalização do Executivo, além de apreciar as ações de administradores de recursos públicos”, citou Bezerra. “O cargo de ministro do TCU é um dos mais importantes da área pública, ele requer conhecimento técnico, experiência em gestão e sensibilidade para bem fiscalizar o uso de recursos públicos”, acrescentou o senador, que é formado em administração de empresas.
A senadora Kátia Abreu preferiu fazer um discurso menos técnico. A parlamentar chorou ao contar seu histórico familiar e ao lembrar que perdeu o marido muito jovem, quando estava grávida da filha caçula. “A minha vitamina é a minha história, o exemplo da minha mãe e minha fé no Espírito Santo de Deus”, disse a parlamentar.
Kátia afirmou que, quando o marido, Irajá Silvestre, morreu em um acidente aéreo, em 1987, ela herdou sua fazenda, mas não entendia nada de gestão rural, “Eu não sabia a diferença entre um boi e uma vaca, nem a diferença do arroz e da soja, eu não conhecia sequer a divisa das fazendas. Mas eu, teimosa e tinhosa, falei: ‘daqui não saio, daqui ninguém me tira’. Mas eu venci, minha fazenda nunca teve fama de fazenda de viúva”, relembrou a parlamentar.
Seis anos depois, ela presidiu o sindicato rural de Tocantins e foi projetada para a vida política como representante do agronegócio.
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Comentários (2)
JO EL
2021-12-14 18:04:12Com excessao do Bezerra que e especialista em mamar nas tetas de empreiteiras, os demais preenchem os requisitos. Separem o joio do trigo ja.
ANTONIO
2021-12-14 13:35:53Mas ela não fala do filho dela, senador estuprador. Pessoal não ler e a mídia não divulga.