Covas assina contrato emergencial de R$ 114 mi com instituto investigado no Rio
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (foto), do PSDB, assinou um contrato emergencial no valor de 114 milhões de reais com o Instituto de Atenção Básica e Avançada, o Iabas, que é investigado por suspeita de irregularidades na construção de hospitais de campanha no Rio de Janeiro. Como no Rio, a contratação do Iabas...
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (foto), do PSDB, assinou um contrato emergencial no valor de 114 milhões de reais com o Instituto de Atenção Básica e Avançada, o Iabas, que é investigado por suspeita de irregularidades na construção de hospitais de campanha no Rio de Janeiro.
Como no Rio, a contratação do Iabas pela gestão tucana em São Paulo também foi feita sem licitação, para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. Pelo contrato, o instituto deve implantar e gerenciar 150 leitos de terapia intensiva e 30 leitos de internação no Hospital da Brasilândia, pelo período de seis meses.
Em abril, Covas já havia assinado um aditivo de 75,2 milhões de reais com o Iabas para que o instituto que gerencia unidades municipais de saúde na zona norte da cidade implantasse 566 leitos de enfermaria e estabilização no Hospital de Campanha Anhembi, criado apenas para atender pacientes com Covid-19.
No Rio, a contratação do Iabas pelo valor de 836 milhões de reais para a construir sete hospitais de campanha virou alvo de um inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República, para investigar a participação do governador Wilson Witzel, do PSC, em supostas irregularidades nos contratos emergenciais.
As sedes do Iabas no Rio e em São Paulo foram alvos de busca e apreensão na Operação Placebo, que também vasculhou o Palácio das Laranjeiras, residência oficial de Witzel, e o escritório de advocacia da primeira-dama, Helena Witzel.
Nesta semana, o governador fluminense retirou o Iabas da construção dos hospitais de campanha. Até agora, apenas uma das sete unidades foi entregue. O Iabas nega as irregularidades.
Conforme Crusoé revelou ha duas semanas, o Iabas contratou como consultor jurídico o advogado Roberto Bertholdo, conhecido lobista de Brasília. Defensor de ex-deputados envolvidos no mensalão do PT, Bertholdo foi preso e condenado por grampear o ex-juiz federal Sergio Moro, em 2005.
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