Bastidores: Silêncio de Weintraub em depoimento foi combinado com Planalto
O ministro da Educação, Abraham Weintraub (foto), invocou o direito de ficar em silêncio no depoimento à Polícia Federal, nesta sexta-feira, 29, determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, com base no inquérito que apura ofensas a integrantes do Supremo Tribunal Federal. O silêncio foi combinado com o Palácio do Planalto. Segundo apurou Crusoé, a estratégia foi...
O ministro da Educação, Abraham Weintraub (foto), invocou o direito de ficar em silêncio no depoimento à Polícia Federal, nesta sexta-feira, 29, determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, com base no inquérito que apura ofensas a integrantes do Supremo Tribunal Federal.
O silêncio foi combinado com o Palácio do Planalto. Segundo apurou Crusoé, a estratégia foi discutida na reunião ministerial de quarta-feira, 27, convocada pelo presidente Jair Bolsonaro de última hora para discutir uma reação às recentes decisões do STF que atingiram o Executivo.
Inicialmente, a ideia de uma ala do governo era que o auxiliar não comparecesse ao depoimento. O próprio Weintraub, porém, resistiu. Temia ser preso por descumprir a ordem de Moraes, que, na terça-feira, 26, estabeleceu prazo de cinco dias para o titular do MEC depor.
O governo, então, pensou em duas alternativas. A primeira foi um habeas corpus protocolado pelo ministro da Justiça, André Mendonça, na madrugada da quinta-feira, 28. A segunda foi Weintraub ficar em silêncio, sob argumento de que o inquérito, aberto de ofício pelo STF, é "inconstitucional".
O habeas corpus caiu nas mãos do ministro Edson Fachin, que pediu parecer da Procuradoria-Geral da República, mas ainda não julgou. Sem perspectiva de uma análise da petição, Weintraub marcou a data do depoimento e recorreu à segunda estratégia acertada com o Planalto.
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