Regina diz que Bolsonaro 'deve estar sofrendo muita pressão' para demiti-la
A secretária Especial da Cultura, Regina Duarte (foto), disse nesta quinta-feira, 7, acreditar que o presidente Jair Bolsonaro esteja "sofrendo muita pressão” para tirá-la do cargo. A atriz acrescentou que ele deve estar “se preparando” para a hora “que a corda arrebentar”. Ainda assim, ressaltou que não está “preparada” para deixar o posto. Nesta semana,...
A secretária Especial da Cultura, Regina Duarte (foto), disse nesta quinta-feira, 7, acreditar que o presidente Jair Bolsonaro esteja "sofrendo muita pressão” para tirá-la do cargo. A atriz acrescentou que ele deve estar “se preparando” para a hora “que a corda arrebentar”. Ainda assim, ressaltou que não está “preparada” para deixar o posto.
Nesta semana, Regina foi surpreendida pela recondução de Dante Mantovani, exonerado em março a pedido dela, ao cargo de presidente da Fundação Nacional de Artes, a Funarte. Ao saber da nomeação, ela afirmou imaginar que estava sendo dispensada do governo, como mostrou Crusoé. "Que loucura isso, que loucura. Eu acho que ele está me dispensando", disse numa conversa com a assessora. Horas depois, Mantovani foi novamente demitido.
Em entrevista à CNN, nesta tarde, a atriz disse que ficou “chocada” com a situação. Regina contou que, no dia, estava sem serviço no celular e soube do caso pela assessora. “A sensação que tive foi: ‘Mais um problema? Agora, a nomeação de uma pessoa sem que eu tenha sido consultada…’. Não é nem consultada, porque quantas vez eu fui consultada, falei uma coisa, saiu outra. Entendeu? Acontece. Porque, às vezes, a palavra do presidente é mais forte que a de todo mundo. Entra lá quem ele deixa. Quem ele quer. Eu falei: ‘Nossa será que eles estão me dispensando?’. Porque mais uma coisa que acontece e que eu não tô sabendo”, narrou.
No dia seguinte ao episódio, a secretária teve uma reunião com Bolsonaro no Palácio do Planalto. Ela assegurou, contudo, que os dois não trataram de sua demissão. “Isso é uma narrativa que corre lá fora pelo mundo. As pessoas realmente parece que têm uma certa ansiedade em me ver fora, né? Demissão, exoneração são coisas que estão rolando sempre. ‘Agora ela cai, agora ela cai’. Não. Em nenhum momento… Estava um clima super bom, ele estava super animado, feliz, leve, rindo”, argumentou, apesar de, nos bastidores, nomes serem cotados para substitui-la.
Criticada por parte da classe artística ao embarcar na gestão Jair Bolsonaro, a atriz avaliou que o presidente “era e continua sendo a melhor opção para o país”. Durante a entrevista, ela se recusou a assistir e ouvir um vídeo enviado à CNN por Maitê Proença, com críticas à falta de comunicação e de manifestações sobre a morte de grandes nomes da cultura nacional.
Regina ainda minimizou os acenos de Bolsonaro à ditadura. "Tem que olhar para frente, tem que amar o país. Ficar cobrando coisas que aconteceram nos anos 1960, 1970, 1980? Gente, vamos pra frente”, disparou."Houve tortura. Stalin, quantas mortes? Hitler, quantas mortes? Não quero arrastar um cemitério de morte nas minhas costas. Sou leve, tô viva! Vamo (sic) ficar vivo! Pra que olhar pra trás?".
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