O caso da hondurenha que reclamou dos feijões e alimentou a xenofobia no México
Em um depoimento para o canal de televisão alemão Deutsche Welle, a hondurenha Miriam Celaya reclamou do prato que ganhou em um dos albergues de Tijuana, na fronteira norte do México com os Estados Unidos. “A comida que estão dando aqui é fatal. Olhe só os feijões puros moídos, como se estivessem dando comida para os...
Em um depoimento para o canal de televisão alemão Deutsche Welle, a hondurenha Miriam Celaya reclamou do prato que ganhou em um dos albergues de Tijuana, na fronteira norte do México com os Estados Unidos.
“A comida que estão dando aqui é fatal. Olhe só os feijões puros moídos, como se estivessem dando comida para os porcos”.
Em Honduras, os feijões de fato integram a ração dos suínos. A questão é que os frijoles refritos, que nos Estados Unidos são chamados de chili, são uma iguaria que não pode faltar à mesa mexicana.
O vídeo de Miriam alimentou a xenofobia e a revolta contra os migrantes. No protesto contra os estrangeiros que aconteceu no domingo 18, os mexicanos gritavam: "somos pobres, comemos frijoles".
Nesta quarta-feira 21, arrependida, Miriam pediu perdão. "Todo mundo viu o vídeo nas redes sociais, até a minha família", disse ela.
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Comentários (10)
Jurema
2018-11-22 15:24:25Duda essa prato mexicano se chama “refried beans”
DOMINGOS ROCHA
2018-11-22 13:34:47É revoltante a tendenciosa abordagem da mídia mundial aos "imigrantes" tutelados. Na Europa, norte da África e Oriente Médio, assim como na América Central, a indústria das ONGs que exploram a migração não enganam aos "opressores", que têm maior atenção a isto. Se falta informação à Crusoé/Antagonistas, sugiro começarem acompanhando a preparação do "Borderless" da Lauren Souther, no YouTube.
Gilberto
2018-11-22 09:44:09Fico puro com a grande imprensa que dá ênfase a isso e não fala nada do crime organizado envolvendo o nosso nióbio, por exemplo. Infelizmente grande parte da mídia é tão culpada quanto os corruptos e corruptores do mundo. Dão sustentação e geram várias crises e crimes.
Eduardo
2018-11-22 08:26:39E cadê a xenofobia do título?
Ornelas
2018-11-22 07:29:48Vídeo trás a cara do vitimismo e para mim vem o tom de "organização" e movimentos sociais atuando nos bastidores desta marcha. A América Latina tem que parar de ser vítima, aqui há mais poder do que se imagina.
Claudionor
2018-11-21 21:24:06O que será que ela comia em Honduras? Filé?
Elisabeth
2018-11-21 19:46:17Este eh o mal de quem nao eh grato pelo que recebe. Gratitude com o pais que lhe acolhe, com a comida que recebe sem ter que pagar, com a possibilidade de permanecer e ter um novo comeco no pais que a acolheu. Quem sabe esta Hondurenha aprende a ser grata!
Gilberto
2018-11-21 19:36:18Sempre a vitimização.
Nilson
2018-11-21 19:14:09Um venezuelano aceitaria o feijão de bom grado. Aliás, qualquer pessoa faminta não reclamaria.
Rafael
2018-11-21 18:22:41Lamentável... O vitimismo exposto em sua tautologia.