Cuba abandona programa Mais Médicos
O governo de Cuba anunciou que o país não fará mais parte do programa Mais Médicos. O anúncio foi feito na televisão estatal da ilha: "O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, com referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos, tem declarado e reiterado que modificará os termos e condições do programa...
O governo de Cuba anunciou que o país não fará mais parte do programa Mais Médicos. O anúncio foi feito na televisão estatal da ilha:
"O presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, com referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos, tem declarado e reiterado que modificará os termos e condições do programa Mais Médicos, com desrespeito à Organização Pan-Americana da Saúde e ao que foi acordado por esta com Cuba."
No mesmo dia, o presidente eleito Jair Bolsonaro explicou a razão da saída caribenha no Twitter em três mensagens:
"Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou."
"Além de explorar seus cidadãos ao não pagar integralmente os salários dos profissionais, a ditadura cubana demonstra grande irresponsabilidade ao desconsiderar os impactos negativos na vida e na saúde dos brasileiros e na integridade dos cubanos."
"Atualmente, Cuba fica com a maior parte do salário dos médicos cubanos e restringe a liberdade desses profissionais e de seus familiares. Eles estão se retirando do Mais Médicos por não aceitarem rever esta situação absurda que viola direitos humanos. Lamentável!"
A exportação de serviços profissionais para outros países é a principal fonte de receitas de Cuba. A Venezuela é o que mais recebeu médicos, enfermeiros e professores em seu território. O Brasil estava entre os principais locais de destino. "Diversas críticas foram feitas, em várias nações, em relação a esse programa, principalmente porque nem sempre esses doutores eram necessários. Os acordos em geral são feitos por razões ideológicas com governos de esquerda, socialistas", diz o economista cubano Carmelo Mesa-Lago, da Universidade Pittsburgh.
Com a Venezuela em crise, o dinheiro que os dividendos do regime comunista com esse programa já tinham caído 20% desde 2013. Com a retirada dos cubanos do Brasil, o faturamento será ainda menor. "O governo cubano já conseguiu resistir ao período especial na década de 1990, quando a União Soviética deixou de pagar a mesada. Dessa vez, o desafio não será tão grande", diz Mesa-Lago.
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Comentários (10)
Anderson
2018-11-15 14:35:13excelente? mais um propinoduto fechado?
Eduardo
2018-11-15 08:00:40Acabou a festa.
Luisa
2018-11-15 00:39:23Essa foi uma ideia bizarra desde o início. Acho que ninguém entendeu. Eu quero mesmo ver a caixa preta do BNDES aberta
SERGIO
2018-11-14 23:56:17Por qual razão os médicos deste programa recebiam uma pequena parte da remuneracao que era paga ao governo de Cuba? Não vale a pena investigar se parte desta remuneracao, era repassada para pessoas ou partidos políticos que costuraram este programa. Quer maneira mais fácil de desviar dinheiro da saude brasileira, com chancela de organismos internacionais?
Danilo
2018-11-14 21:32:58Sou médico e já tive contato com “médicos “ desse programa. Infelizmente são muito mal qualificados . Vários pacientes atendidos por eles já se queixaram para mim e a outros colegas. Agora quero ver o CFM e os CRMs se manifestarem. Ficaram praticamente quiescentes todo esse tempo somente cobrando as suas anuidades. Muito obrigado presidente 👏🇧🇷
Fabio
2018-11-14 18:56:16Pq a grande mídia, OAB, direitos humanos e etc.. nunca divulgou isso? Bando de canalhas vendidos lixos!
Pedro
2018-11-14 18:38:53Adios muchachos!
Alexandre
2018-11-14 18:22:48Mais uma prova contundente que ditadura cubana somente visa recursos para manter seus desmandos. Parabéns Bolsonaro! Com bandidos não tem conversa.
Aldo Araújo
2018-11-14 18:04:25O maior entrave para a interiorização do médico no interior não é apenas uma questão salarial, é a condição em que vai trabalhar. Hospitais e postos de saúde carentes de tudo, exceto de doentes. E em municípios muito carentes os contratos com as prefeituras são precários, não há condições do médico manter-se como autônomo, e aí, terminando o mandato do edil, já viu, né? Nada de últimos salários, nada de direitos trabalhistas, só fica mesmo o custo de procurar outro trabalho.
Ronaldo
2018-11-14 17:49:46Parabéns Senhor Presidente Bolsonaro. Absolutamente certo.