Lava Jato paulista já acumula 118 investigações
Última força-tarefa a ganhar corpo no país, a Lava Jato paulista tem 118 investigações em curso. Os inquéritos miram os mais variados crimes, como desvio de recursos em obras do governo e da prefeitura de São Paulo, propina paga por bancos e lavagem de dinheiro por meio de escritórios de advocacia. Além do trecho norte...
Última força-tarefa a ganhar corpo no país, a Lava Jato paulista tem 118 investigações em curso. Os inquéritos miram os mais variados crimes, como desvio de recursos em obras do governo e da prefeitura de São Paulo, propina paga por bancos e lavagem de dinheiro por meio de escritórios de advocacia.
Além do trecho norte do Rodoanel, das linha 5 e 6 do metrô, e do sistema viário metropolitano, contratos de saneamento também se tornaram alvo de apuração dos procuradores. A maior parte desses inquéritos teve como origem as delações de ex-executivos da Odebrecht e da OAS.
Da delação do ex-ministro petista Antonio Palocci resultaram investigações envolvendo o suposto pagamento de propina para enterrar a Operação Castelo de Areia em 2010, que já desencadeou a Operação Appius em novembro do ano passado, e suspeitas de pagamentos de propina pelos bancos BTG e Itaú Unibanco envolvendo o ex-presidente Lula e o ex-ministro Guido Mantega.
Há ainda um inquérito destinado a apurar a acusação de pagamento de 20 milhões de reais em propinas pelo Banco Paulista a servidores do Banco Central para agilizar a entrada de dinheiro em espécie do Paraguai. A investigação, baseada na delação de um ex-funcionário da mesa de câmbio do Banco Paulista, foi revelada em janeiro por Crusoé.
A Lava Jato paulista assinou recentemente um acordo de delação premiada que vai abrir uma nova frente de investigação, a partir de 19 anexos. O acordo está sob sigilo e ainda aguarda homologação da Justiça Federal.
Até agora, a força-tarefa paulista, oficialmente criada em 2017, fez nove denúncias à Justiça, envolvendo 89 pessoas. Destas, quatro já foram condenadas, entre eles o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. Ao todo, seis operações foram realizadas e dez acordos de colaboração foram assinados pelo grupo de procuradores.
Para efeito comparativo, a matriz da Lava Jato em Curitiba, criada em 2014, realizou 68 operações em seis anos, celebrou 49 acordos de delação premiada e ofereceu 113 denúncias que já resultaram em 159 condenações. Até agora, segundo os procuradores do Paraná, 4 bilhões de reais foram recuperados dos esquemas de corrupção, a maior parte praticados na Petrobras.
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Comentários (9)
Salvador
2020-03-15 01:05:52O MPSP , mais uma vez, vai deixar prescrever as acusações? O povo exige uma resposta contundente do órgão!!!
Jorge
2020-03-14 17:54:03Tirando Sérgio Moro, Gabriela Hardt e Bretas, o resto é lixo...
LuisR
2020-03-14 14:19:38Essa Java Jato paulista deve estar mais do que contaminada Infelizmente aqui na minha terra tem, igual na Paraíba, Maranhão, Pará, Alagoas, Bahia, etc, algo que a faz diferente... a maldita herança FHC. Vide a prova, infelizmente viva... Gilmar Mendes!!
Celso
2020-03-14 14:04:31Alguns ministros dos tribunais superiores não honram o mais eficaz esforço de investigação contra corrupção da história.
Eduardo
2020-03-14 13:22:23Podem fazer 1.000 investigações, e daí? O que importa são condenações, punições severas e recuperação do que foi roubado. Tirando Curitiba, não se vê muito disso nos outros estados.
Zé MIGUEL
2020-03-14 10:42:48São é o tumulo do samba! Agora será o tumulo da Lava- Jato!!!
Rosangela
2020-03-14 10:37:42Precisamos de uma investigação sobre a leniência da Lava-Jato paulista. Quais motivos explicam essa diferença com Curitiba?
Maria
2020-03-14 10:32:49Torço para que na lava-jato de sp surja um juiz rigoroso como Bretas ou Sergio Moro,mas a lava-jato de s.paulp está muito lenta os procuradores precisam procurar mais
Zenobio
2020-03-14 10:15:39Até aí tudo bem. Mas tem o S olta T udo F _ilmar para melar a justiça