Flávio Bolsonaro visitou Adriano na prisão 'mais de uma vez', diz vereador
Vereador do Rio de Janeiro, Ítalo Ciba, do Avante, contou, em entrevista ao Globo, que, à época em que esteve na prisão com o miliciano Adriano da Nóbrega, morto no último dia 9 em um confronto com a Polícia Militar da Bahia, os dois receberam “mais de uma vez” visitas do senador Flávio Bolsonaro. O...
Vereador do Rio de Janeiro, Ítalo Ciba, do Avante, contou, em entrevista ao Globo, que, à época em que esteve na prisão com o miliciano Adriano da Nóbrega, morto no último dia 9 em um confronto com a Polícia Militar da Bahia, os dois receberam “mais de uma vez” visitas do senador Flávio Bolsonaro. O sargento da PM acrescentou que Adriano frequentava o gabinete do parlamentar a convite de Fabrício Queiroz, ex-chefe de segurança de Flávio.
A declaração de Ítalo Ciba contraria a versão do filho ‘01’ de Jair Bolsonaro, o qual afirma que sua relação com o ex-capitão do Bope resumiu-se a reconhecer seu trabalho contra o crime no Rio. Em nota enviada ao Globo, o senador alegou que esteve apenas uma vez na cadeia, em 2005, para ver Adriano e entregar a medalha Tiradentes — maior honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Rio, Alerj. “Não há nenhuma relação de Flávio Bolsonaro ou da família com Adriano”, diz o texto.
O vereador, no entanto, diz ter recebido visitas de Flávio antes. Em 2003, o então deputado estadual concedeu “moção de louvor” a Adriano, Ítalo e outros seis policiais. Alguns dias depois, os integrantes do Grupamento de Ações Táticas do 16º BPM (Olaria), comandado pelo miliciano, foram presos e começaram a responder um processo criminal por homicídio, tortura e extorsão. Nesse período, Flávio os encontrou na prisão, segundo a versão de Ítalo.
O Globo pediu, via Lei de Acesso à Informação, os registros das visitas a Adriano e aos outros sete policiais do GAT do 16º BPM na prisão, mas a PM negou alegando sigilo. O jornal também requisitou à Alerj os registros de visitas ao gabinete de Flávio, mas não teve resposta.
Na entrevista, Ciba relatou que conheceu Adriano em 2002, quando passou a integrar o 16º BPM. Ele alegou não saber quando o ex-PM conheceu Flávio Bolsonaro e os demais integrantes da família, mas acredita que o contato foi feito por meio de Fabrício Queiroz.
“Sei que ele (Adriano) se dava muito bem com o Flávio, devido ao (Fabrício) Queiroz. Queiroz trabalhou com Adriano lá atrás. Eu sei que o Adriano, de vez em quando, o Queiroz chamava pra ir lá no gabinete. Ele (Adriano) ia no gabinete, quando nós estivemos presos o Flávio foi lá visitar a gente. Mais de uma vez”, narrou.
Adriano foi alvejado em uma troca de tiros durante uma operação para prendê-lo na última semana. Ele estava foragido havia mais de um ano e seu nome integrava a lista vermelha da Interpol.
Além de ser apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras, o ex-PM era suspeito de integrar um grupo de assassinos de aluguel e teve o nome envolvido nas investigações sobre o esquema “rachid” no gabinete do senador Flavio Bolsonaro.
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Comentários (10)
Eduardo
2020-02-20 16:04:41Está na cara que a famiglia tem relações comerciais e afetivas com a milícia. Por que negar?
Denise
2020-02-20 15:53:58Em 2003 o futuro miliciano ainda não havia delinquido. Visitar na cadeia um sujeito que caiu no crime é crime também?
Leandro
2020-02-20 15:28:00A cada dia conhecemos mais um pouco dê JB e filhos e cada vez mais ficamos assustados com a gravidade dos seus malfeitos. Não dá pra entender como JB se orgulha deles. Eu morreria de tristeza. Na verdade acho q JB é o mentor deles. JB e família, nunca mais. Q Deus nos proteja.
Max
2020-02-20 13:42:04Parece que aquela frase cristã ligando “verdade à libertação”, tão propalada na campanha virou “um veneno” para certos políticos que insistem, pateticamente, em tentar apagar o passado que, oportunamente, não lhes interessa. Nessa campo, o Jararaca parece ter feito escola. O problema é que, a medida que o tempo passa, vai ficando tudo a mesma coisa. E o BR não sai do atoleiro.
Ilvio
2020-02-20 13:31:50O corredor vai se estreitando...
Maria Tereza
2020-02-20 12:14:26Alguém que se dá muito bem com miliciano dve compartilhar dos mesmos ideais. Estamos é fritos.
Odete6
2020-02-20 11:59:36Ai...ai....... "quem vê cara, vê "coração"".... rsrsrsrsrsrsrs.......
Eduardo
2020-02-20 11:50:51A amante visitou o cachaceiro, corrupto e genocida mais de mil vezes em Curitiba!
Ana
2020-02-20 11:36:29Qual o problema? Eu visitaria alguém que conheço e convivi, caso fosse preso.. Isso não me torna criminosa. FHC foi TESTEMUNHA favorável do ameba lula. E ai? Suposições não são provas. Se querem Flavio de réu, busquem por provas e não pelo direito dele conviver com quem quer que seja. Não é defesa. É que cansou essas matérias sem que haja algo realmente relevante.
João
2020-02-20 11:35:13Sejamos coerentes. Será possível que também essas visitas foram inventadas?