Sem investigar, Comissão de Ética arquiva caso de chefe da Secom
Mesmo sem investigação, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu, nesta terça-feira, 18, arquivar denúncia sobre conflito de interesses contra o chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social, Fabio Wajngarten (foto). O placar da deliberação foi de 4 a 2. O publicitário é sócio da FW Comunicação & Marketing, empresa que recebe...

Mesmo sem investigação, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu, nesta terça-feira, 18, arquivar denúncia sobre conflito de interesses contra o chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social, Fabio Wajngarten (foto). O placar da deliberação foi de 4 a 2.
O publicitário é sócio da FW Comunicação & Marketing, empresa que recebe dinheiro de emissoras de TV, entre elas Record e Band, e de agências contratadas pela própria Secom, ministérios e estatais do governo Jair Bolsonaro.
Sob o comando de Wajngarten, a partir de 2019, a Secom passou a destinar para Band, Record e SBT fatias maiores da verba publicitária para TV aberta, enquanto a Globo começou a receber menos. O Tribunal de Contas da União investiga possível distribuição das verbas oficiais por critérios políticos, de forma a favorecer TVs alinhadas com o governo.
A legislação vigente proíbe integrantes da cúpula do governo de manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões.
Ao prestar esclarecimentos, o chefe da Secretaria argumentou que, quando assumiu o posto, deixou a administração da FW. Contudo, conforme mostrou Crusoé, Wajngarten colocou na direção Fabio Liberman, irmão do secretário-adjunto da pasta, Samy Liberman.
Em 4 de fevereiro, a Polícia Federal atendeu pedido do Ministério Público Federal e abriu inquérito para investigar se Wajngarten praticou corrupção passiva, peculato e advocacia administrativa — patrocínio de interesses privados na administração pública.
Em nota, a Secom comemorou o arquivamento do caso. Segundo o órgão, a decisão da Comissão de Ética da Presidência “reduz a insidiosa campanha promovida por um jornal ao seu lugar, apenas um permanente acinte de calúnias e difamações que se revelaram infrutíferas, apesar da implacável campanha diária”.
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Comentários (10)
João
2020-02-18 19:58:53Ética??? Em Brasília??? Mais fácil achar virgem em bordel...
Rafael
2020-02-18 19:38:16Como a Crusoé pode ter isenção no tema, com o Diogo trabalhando para a Globo? Há meses que ele só bate no Governo, a última Reunião de Pauta foi uma vergonha. Eu quero que a Globo se fxploda!
Flavio
2020-02-18 19:01:12Nāo precisa investigar a denúncia é vazia
Eduardo
2020-02-18 18:52:07Posicionamento crítico em relação ao governo na seção de comentários da Crusoé? Por acaso eu acordei em outra dimensão? Normalmente aqui só tem baba-ovo e passador de pano. Bolsonaro não dá a mínima para a ética. Sua moralidade conservadora é exclusivamente sexual. Pode roubar, mentir, trair princípios e valores, mas não pode discutir gênero. Só o que importa é a fidelidade tribal. Ou seria canina? Bovina?
Aurino
2020-02-18 18:19:31Nunca vi tamanho corporativismo! Também onde já se viu ser julgado pelos pares, sem qualquer isonomia... é a velha história, “hoje é você; amanhã será eu”, então melhor manter a cultura da impunidade.
Alexandre
2020-02-18 17:40:57Isso está igual ou pior que a era Collor. A corte se dá bem e o povo sifu.
Bartolomeu
2020-02-18 16:39:45Vcs iniciaram "independentes", mas os tempo passaram e a cada dia muitos se convencem q a CRUSOÉ e o ANTOGONISTA estão a serviço da Globo. Alguns amigos e eu próprio não renovaremos nossas assinaturas. Provavelmente vcs estejam cometendo os mesmos erros da VEJA q torna-se "anã a cada mês. É somente a visão de leigos! Vcs devem saber o caminho correto. Uma pena!
Milton
2020-02-18 16:10:36Ainda bem que a esquerdopatia não é uma doença viral. KKKKK
CARLOS
2020-02-18 15:13:07Que ética??????
Marcos
2020-02-18 14:49:59Este instituto de Comissão de Ética nâo funciona. Começa pelo fato dos membros da comissão serem indicados. Só atingem aqueles funcionários sem poder político e mais baixos na hierarquia. Foi bom este fato para escancarar que estas comissões não resolvem estes problemas e é necessário criar outro instrumento ou a forma de escolha dos membros dessas comissões.