Flávio usa cota parlamentar para ir a evento imobiliário em resort na Bahia
Eleito pelo Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro (foto) usou recursos da cota parlamentar para ir à convenção anual da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia, em dezembro, na Praia do Forte, a cerca de 80 quilômetros da capital Salvador. A cota foi usada pelo filho 01 do presidente Jair...
Eleito pelo Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro (foto) usou recursos da cota parlamentar para ir à convenção anual da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia, em dezembro, na Praia do Forte, a cerca de 80 quilômetros da capital Salvador.
A cota foi usada pelo filho 01 do presidente Jair Bolsonaro para bancar a passagem aérea de ida e volta. O evento ocorreu de 5 a 8 de dezembro. Flávio, porém, esticou mais um dia e só voltou no final da tarde da segunda-feira, 9 dezembro. Os bilhetes custaram aos cofres públicos 1.153,96 reais.
A convenção foi realizada em um dos resorts mais caros da Praia do Forte, onde o senador ficou hospedado com mulher e as filhas. Indagado quem bancou a hospedagem, o parlamentar não respondeu. O pacote em apartamento triplo cobrado pela organização do evento aos demais participantes custava de 6,6 mil reais.
Procurado por Crusoé, Flávio afirmou que o deslocamento à Bahia ocorreu "dentro das regras do Senado". O senador fluminense ressaltou que proferiu uma palestra no evento, além de ter colhido "demandas e sugestões importantes para seu trabalho parlamentar e que podem impulsionar o setor imobiliário".
"Fazer o Brasil crescer e gerar empregos é uma das questões mais urgentes do momento e o setor imobiliário tem papel determinante nessa retomada", afirmou Flávio em nota.
A assessoria do filho do presidente Jair Bolsonaro não respondeu se ele participou de todos os dias do evento e quem bancou as demais despesas da viagem dele, da mulher e das filhas. Também não comentou por que só retornou a Brasília um dia após o término da convenção.
Procurada por telefone e por e-mail, a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia não respondeu.
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Comentários (10)
Uira
2020-01-18 21:36:19Por fim, se motoristas e LEGISLADORES deveriam evitar o inebriamento, JULGADORES deveriam se abster completamente, pq não há como um indivíduo inebriado por REGALIAS oferecidas por terceiros cujos interesses ele é responsável por julgar proferir uma sentença que tenha sido imparcial e impessoal. Aceitar qq REGALIA que seja já é uma quebra dos princípios da imparcialidade e impessoalidade.
Uira
2020-01-18 21:31:21Isto se torna mais verdade quando o sujeito é responsável por projetos de lei que possam beneficiar empresas que lhe ofereceram algum tipo de REGALIA ou indivíduos responsáveis por julgar casos que envolvam terceiros de quem receberam algo, mesmo que possa parecer "inocente". Assim como um motorista responsável não dirige após beber, nossos LEGISLADORES deveriam se abster de receber REGALIAS proporcionadas por terceiros que têm interesse em projetos que eles possam aprovar.
Uira
2020-01-18 21:27:22Em se tratando de indivíduos responsáveis por tomar decisões e realizar julgamentos que envolvem o INTERESSE PÚBLICO, aceitar vantagens e benefícios oferecidos por terceiros pode TURVAR ou DISTORCER o JUÍZO do RECEBEDOR de tais vantagens e benefícios. É análogo a um indivíduo que bebe e sai dirigindo, uma vez inebriado, ele deixa de ter as condições necessárias para que reaja ou julgue adequadamente determinados tipos de situação.
Uira
2020-01-18 21:24:25Afinal, pq despesas de cônjuges e filhos pagos por terceiros não podem ser incluídas na categoria de PROPINA paga em decorrência de TROCA DE FAVORES? Em se comprovando que há uma RELAÇÃO CORRUPTA, então não há como se separar o INTERESSE ESPÚRIO da vantagem oferecida. Pq independentemente de haver um FAVOR, há uma vantagem obtida pelo SERVIDOR PÚBLICO que usufrui daquilo que eventualmente lhe é proporcionado ou oferecido.
Uira
2020-01-18 21:19:24Claro que para um indivíduo centrado é possível conciliar TRABALHO e LAZER, mas estes são a exceção e não a regra. Conhecendo-se o Estado brasileiro, o que não deve faltar é gente fingindo que está trabalhando enquanto faz turismo às custas do erário. O caso mais óbvio é o dos nossos caros ministros de tribunais federais, que estão sempre em algum rega-bofe de caráter duvidoso. Quem mais deveria dar o exemplo é que menos faz questão de fazê-lo.
Uira
2020-01-18 21:15:36Dentro da Administração Pública prevalece a SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO, portanto qq PARLAMENTAR ou SERVIDOR deveria se abster de misturar INTERESSE PÚBLICO com INTERESSE PRIVADO. Em uma empresa privada o sujeito vai para qq lugar que seja a trabalho e leva a família? Se ele fizer isto e a empresa ficar sabendo que coincidentemente a família foi junto, será que ele realmente obteve o máximo daquele OBJETIVO MAIOR que seria o profissional e laboral?
Uira
2020-01-18 21:11:38É só o Congresso que tem COTÃO? O JUDICIÁRIO não está cheio dele tb? Pq uma coisa é pagar pelo SERVIDOR PÚBLICO supostamente a serviço do Estado e da sociedade, outra é bancar a boa vida daS famíliaS de nossos PARASITAS PÚBLICOS. Se o sujeito está viajando a trabalho e custeado por RECURSOS PÚBLICOS, então ele deveria abster de levar a família junto. Mesmo que as despesas dela fossem pagas com recursos próprios, ainda ficaria o questionamento, o sujeito estava realmente trabalhando?
Cynthia
2020-01-16 22:29:24É um safado! 🤮🤮🤮
CESAR
2020-01-14 04:32:59Era de fundamental importância para o Universo que a esposa e filhas participassem do evento.
JORGE
2020-01-13 20:06:11Aguardemos!