Justiça Federal de SP nega liminar e mantém Paulo Preto preso

O juiz federal substituto da 6ª Vara Criminal de São Paulo, Diego Paes Moreira, negou um pedido de liberdade provisória feito pela defesa do engenheiro Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto (foto). Com isso, o operador do PSDB segue preso no Paraná, onde está encarcerado há quase um ano.

O pedido havia sido feito pela defesa do ex-diretor da Dersa em dezembro, véspera do início do recesso forense, mas a decisão de indeferir a soltura do engenheiro só foi tomada pelo juiz nessa quarta-feira, 8. O processo está em segredo de Justiça.

Paulo Preto foi preso em fevereiro de 2019 pela força-tarefa da Lava Jato de Curitiba, acusado de lavar dinheiro para a Odebrecht em parceria com o operador Rodrigo Tacla Duran. O Ministério Público Federal descobriu que o operador do PSDB manteve 113 milhões de reais em contas na Suíça.

Ele já foi condenado a 27 anos de prisão por fraude à licitação e formação de cartel envolvendo contratos do Rodoanel de São Paulo. Em dezembro passado, a defesa do ex-diretor da Dersa conseguiu anular no Superior Tribunal de Justiça uma outra condenação, a 145 anos de prisão, por desvios de 7,7 milhões de reais nas obras viárias no estado. A decisão se baseou no entendimento do STF de que réus delatados devem ser ouvidos após os delatores na fase das alegações finais.