O Big Brother de Toffoli
O presidente do Supremo é contido em seu esforço para ter acesso a algumas das informações mais sensíveis da República
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Se a clareza é a cortesia do filósofo, ir “do escuro para o claro”, como pregava Goethe, deveria ser a obrigação de todo e qualquer magistrado. Mas o presidente do STF, Dias Toffoli, muitas vezes demonstra não ter apreço à nitidez. Apostando no breu, Toffoli imaginou acessar os dados sigilosos de 600 mil pessoas físicas e jurídicas produzidos nos últimos três anos pelo antigo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Quando viu que poderia deixar digitais à mostra, recuou. Na quarta-feira, 20, em voto de mais de quatro horas de duração, durante o julgamento do Supremo destinado a examinar a liminar expedida por ele responsável por travar investigações baseadas no compartilhamento de informações do Coaf e da Receita com o Ministério Público, Toffoli recheou sua fala de platitudes, empreendeu rodopios, foi, voltou e terminou produzindo um clima de constrangimento entre seus próprios pares. “Tem que trazer um professor de javanês para entender o voto (de Toffoli)”, confidenciou o ministro Luís Roberto Barroso a alguns ministros, ao deixar o plenário.
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Comentários (10)
Aguia
2020-01-31 16:40:56Coment = vinho... bom e velho: 22/11
KLEBER
2020-01-11 00:08:44Que nome daremos a estes fatos praticados pelos nossos Trbunais ? Acho que fica bem definido - CORRUPÇÃO BLINDADA !
Uira
2019-11-28 22:55:58Após isto, seria colocar a boca no trombone e perguntar: AFINAL, QUAL É O TEMOR? Até informações que deveriam poder ser acessadas por qq cidadão estão blindadas agora quando envolvem os CORRUPTOS? Aliás, quantos nomes de parentes de gente no Congresso não apareceria tb? É apertar, mas sem prender agora.
Uira
2019-11-28 22:52:18Seria inconcebível que dados que não envolvem quebra de sigilo pudessem passar a gozar de confidencialidade pq eles contém nomes de gente ligada aos CORRUPTOS do judiciário. Haveria demonstração maior de que há uma classe de indivíduos que estão fora do alcance das garras da lei? Se isto for possível, bastaria um parlamentar "bisbilhoteiro" solicitar os dados, fazendo questão de dar o máximo de bandeira, para que logo apareça alguém para impedir o fornecimento da relação.
Uira
2019-11-28 22:46:32Pq um senador ou deputado não poderia solicitar ao COAF e à RF dados de pessoas físicas e jurídicas que tiveram apontamentos de transações atípicas e que caíram na malha fina? Não se trata nem de quebra de sigilo, pois não se está pedindo dados financeiros, mas somente uma relação como nomes, CPFs ou CNPJs, nada mais do que isto. Nem receber tal relação seria necessário, desde que o parlamentar logo colocasse a boca no trombone e denunciasse constrangimento ao legítimo exercício do mandato.
Uira
2019-11-28 22:41:35Mais importante, o judiciário inteiro deveria ficar sob alerta de que a qq momento o castelo de cartas pode desmoronar, pois assim seria um elemento a menos de dúvida quanto à inevitabilidade de uma SOLUÇÃO FINAL. Não é preciso prender agora, basta apertar para que os CORRUPTOS tentem escapar e se enforquem mais ainda. Toffoli não requisitou ilegalmente acesso a dados de mais de 600 mil pessoas físicas e jurídicas produzidos nos últimos 3 anos pelo COAF?
Uira
2019-11-28 22:37:46De fato, a coisa poderia até ser mais ampla, sendo estendida a outras instâncias do judiciário e envolvendo escritórios de advocacia. Se há uma verdadeira máquina de vender sentenças nos tribunais superiores e inferiores, como é possível que não tenha surgido nada nos mecanismos de controle? No mínimo alguém deveria fazer a checagem para ter certeza de transações atípicas estão ocorrendo e a malha fina da RF está pegando quem tem patrimônio incompatível com a renda.
Uira
2019-11-28 22:34:26Um deputado ou senador "neutro" não poderia requisitar dados não-sigilosos como, por exemplo, a relação de indivíduos que tiveram apontamentos no antigo COAF e na RF suspeitos de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro? Veja, não há quebra de sigilo, mas mera informação acerca de quais contribuintes e cidadãos constam nas relações dos órgãos de controle. Com os nomes em mãos, seria fácil se cruzar estas informações com os nomes de parentes de ministros do STF e do STJ.
Uira
2019-11-28 22:30:27Nos EUA não há uma celeuma em torno da declaração de IR de Donald Trump? Os democratas vão lá e tentam obtê-los e logo vem uma decisão impedindo. Seria bom se ocorresse no Brasil uma coisa parecida, mas que envolvesse declarações de IR, dados financeiros de parentes de ministros do STF e do STJ. Dependendo, até deles mesmos. Deve ter algum mecanismo que permita este tipo de coisa, para que então se brinque de gato e rato.
Uira
2019-11-28 22:23:10Uma vez que as mulheres e filhos do STF e STJ não possuem foro privilegiado, a própria Câmara poderia dar um jeito de requisitar as informações sobre movimentações e apontamentos suspeitos envolvendo PREPOSTOS de ministros CORRUPTOS. Pq não? Imagine que, não bastasse a prisão em 2ª instância e o pacote anticrime sendo sabotados, os CORRUPTOS tivessem que se movimentar para impedir a quebra de sigilo de seus PREPOSTOS instalados em escritórios de advocacia.