Fachin vê tratamento diferenciado da PGR a Dilma e Renan em investigação
Ao autorizar a operação da Polícia Federal contra a ex-presidente Dilma Rousseff e caciques do MDB deflagrada nesta terça-feira, 5, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin rejeitou o argumento apresentado pela Procuradoria-Geral da República sobre as buscas nos endereços dos investigados. A PGR foi contra a realização da medida nos endereços residenciais de...
Ao autorizar a operação da Polícia Federal contra a ex-presidente Dilma Rousseff e caciques do MDB deflagrada nesta terça-feira, 5, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin rejeitou o argumento apresentado pela Procuradoria-Geral da República sobre as buscas nos endereços dos investigados. A PGR foi contra a realização da medida nos endereços residenciais de Dilma, do senador Renan Calheiros e do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, mas favorável às buscas nas casas de outros políticos também investigados no inquérito que apura o repasse de 40 milhões de reais das empresas do Grupo JBS para políticos do MDB nas eleições de 2014.
Em sua decisão, o ministro aponta que os argumentos trazidos pelo vice-procurador-geral da República, José Bonifácio Borges de Andrada, poderiam caracterizar diferença de tratamento entre os investigados. Por isso, acabou por rejeitar as ações da PF em relação à integralidade dos políticos investigados.
"A observância ao princípio da isonomia impõe que a medida também não se revela adequada, ao menos por ora, quanto aos demais investigados que, de acordo com a linha investigativa, teriam adotado, relembro, o mesmo modus operandi em relação aos quais se deseja a exclusão da busca e apreensão", assinalou Fachin na decisão que autorizou a operação deflagrada nesta terça. A diferenciação feita pela PGR foi apenas em relação aos endereços residenciais dos investigados, uma vez que, em relação às buscas nos gabinetes de políticos solicitadas pela PF, o vice-procurador-geral da República foi contrário a todas elas.
Para o ministro "o modus operandi adotado, em tese, por todos os parlamentares e ex-parlamentares aqui investigados ao suposto recebimento de recursos advindos do Grupo J & F, não difere substancialmente daquele descrito para justificar a pretendida exclusão de José Renan Vasconcelos Calheiros da medida invasiva".
A PF pediu buscas nos gabinetes em endereços residenciais dos senadores emedebistas Renan Calheiros, Jader Barbalho, Eduardo Braga e Dário Berger, além dos governadores Renan Filho (Alagoas) e Helder Barbalho (Pará) e do ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo. Também foram pedidas as mesmas medidas em endereços de Dilma Rousseff, do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira, do ex-ministro Guido Mantega, do ex-senador Valdir Raupp e do ex-deputado Paulo Bornhausen.
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Comentários (10)
IRacema
2019-11-07 01:05:43Pena que ninguém acredita no stf petralha!
José
2019-11-06 18:17:02Que beleza. Melhor tarde do que nunca. O Ministro colocou na roda a fina flor da corrupção no Brasil durante muitos anos. Infelizmente vai ser igualzinho aos anteriores: resultado final zero. Todos continuarão livres, leves e soltos para mais maracutaias. Isso é Brasil.
Tarcísio
2019-11-06 16:38:12Vergonha ter Renan Calheiros e Dilma Roussef soltos. Destruirão td e qq prova ou indício.
Clarisse
2019-11-06 15:05:08Agora que já divulgou , prevenidos, vão mudar as provas de lugar ou destruí-las. Tudo combinado. Vergonha.
Pedro
2019-11-06 13:15:55Será que esse Vice-Procurador da PGR não sabe interpretar o Artigo 5º da Constituição? Se todos são iguais perante as leis, sua atitude revela a existência de delinquentes protegidos. Parabéns ao Ministro Luiz Edson Fachin pela demonstração de independência e elevado saber jurídico.
Gustavo
2019-11-06 12:15:50Amanhã será o dia D. Tofoli colocou em pauta o julgamento sobre a prisão em segunda instância. O terreno está sendo preparado para abrir as porteiras para que a bandidagem tomem conta do Brasil, e isso se confirma, pois já remeteu ao congresso projeto de lei interrompendo a prescrição dos recursos que forem destinados às instâncias superiores - que nunca serão julgados. Tá no hora de as forças armadas se manifestarem, pois está em jogo a segurança nacional.
José
2019-11-06 11:55:14Sempre foi diferenciado. Porque, todo mundo sabe.
EDUARDO
2019-11-06 11:26:19E esse sabujo vai ter peito de mexer com os reis dos ladroes Jaderrrrrrkm Barbalho e Renan também conhecido como "Cangaceiro de Murici"
FERNANDO
2019-11-06 11:10:09Crusoé errou feio no título. O correto é: Fachin DÁ tratamento diferenciado a Renan e Dilma... (aliás, qual político poderoso não goza de tratamento diferenciado naquela vergonha de tribunal?)
HUGO
2019-11-06 11:06:34Vão achar nada , seria um burrice deixar algo que incrimine nos gabinetes .