Uma facada na democracia
A degradação do ambiente político do país chega a seu ápice: Jair Bolsonaro, candidato à Presidência da República pelo PSL, é esfaqueado durante um evento de campanha na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais
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O relógio se aproximava das 16 horas quando o sorridente Jair Messias Bolsonaro, líder das pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, era carregado nas costas por simpatizantes no calçadão da rua Halfeld, tradicional ponto de campanhas eleitorais no centro da cidade mineira Juiz de Fora. Vestindo uma camiseta amarela onde se lia em verde a inscrição “Meu partido é o Brasil”, o candidato seguia para um comício a poucos metros dali. Ele acenava ao público que, dos prédios ao redor, observava o movimento quando, subitamente, uma faca de cozinha atingiu seu abdômen. Em poucos minutos as imagens captadas por dezenas de smartphones ganhariam as redes, revelando o drama por diferentes ângulos. Bolsonaro grita, curva o corpo para a frente e junta as duas mãos sobre a barriga. Seus seguidores de pronto providenciam um pedaço de pano para cobrir o ferimento e se apressam para levá-lo até uma viatura da polícia que o transportaria para o hospital mais próximo, a Santa Casa de Misericórdia da cidade. O agressor, Adélio Bispo de Oliveira, um ex-filiado do PSOL que na internet desferia ataques ao candidato e a outros políticos, foi logo cercado – e agredido pelos militantes antes de ser preso. Em uma das mais acirradas campanhas eleitorais de todos os tempos, a democracia acabara de ser ferida. A 31 dias da eleição, estava consumado o mais grave atentado a um candidato a presidente na história do país.
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Comentários (10)
José
2018-09-15 11:01:52Ex-servente de pedreiro trabalha para ex-torneiro mecânico. O resultado de tanta ignorância só podia ser esse.
Nilze
2018-09-13 18:48:37é um absurdo a mídia culpar a vítima; sempre tentam a desculpa do " estado mental " do bandido. Os petistas , Ciro Gomes e Boulos há anos fazem discursos de ódio muito mais virulentos, e a mídia faz de conta que nada víu, nada ouviu.
Arnaldo BFG
2018-09-12 10:16:12Parabéns, Crusoé ! Vocês praticam o verdadeiro jornalismo. A isenção, a precisão e o respeito ao leitor fazem desta Revista uma referência na mídia atual, em contraste flagrante com outros sistemas que exploram a alienação de muitos. Meus sinceros cumprimentos !
Cecilia
2018-09-12 09:38:45excelente reportagem
Antonio
2018-09-11 14:39:26Na verdade , acabei de ouvir as declarações do Adélio na avaliação inicial da justiça e ele não apresenta um quadro típico de um pepezão ou com desequilíbrios emocionais graves ! Seria interessante uma pesquisa na direção de como ele foi induzido ao ataque !
Renato Valente
2018-09-11 13:16:53Ronald Reagan foi capitão da aeronáutica, e um dos maiores presidentes da história dos EUA. O nosso Capitão Jair Bolsonaro já está se recuperando, e junto a Paulo Guedes, Onyx Lorenzoni, Mourão, Augusto Heleno, fará um governo nacionalista, liberalizante e, certamente, com os menores níveis de corrupção da história do país. Avante, Capitão!
DITMAR
2018-09-11 12:10:22Num país onde são assassinados criminosamente na media 7 pessoas por hora, vivemos uma situação endêmica, tornam-se muito mais vulneráveis as pessoas publicas. Será que os candidatos terão que fazer campanha circulando em Papamóvel nas vias publicas ?
Aurilene
2018-09-11 08:09:11A quem interessa defender e proteger o assassino? Quem o patrocina? São perguntas que a sociedade merece saber!
ERIB
2018-09-10 14:37:30Matéria superficial. Esperava mais. Nada de novo.
Ane
2018-09-10 14:11:26Sou de Juiz de Fora e fiquei bastante apreensiva com a vinda do Bolsonaro à minha cidade, pois havia, na manhã do dia do atentado, intensa movimentação nas redes sociais, eu mesma li muitas postagens no facebook, de alunos e professores da área de humanas da UFJF. São militantes petistas que estavam combinando de ir ao centro da cidade, onde o candidato faria caminhada no período da tarde, para um confronto com os apoiadores de Bolsonaro. A mim me parece claro que o PT está por trás do atentado