O pragmatismo de Merkel no G7 sobre a Amazônia
A chanceler alemã, Angela Merkel (de vermelho, na foto), foi flagrada em um vídeo dizendo ao presidente francês, Emmanuel Macron, que ligaria para o brasileiro Jair Bolsonaro para falar sobre as queimadas na Amazônia. "Anunciei para ligar para ele na próxima semana para ele não ficar com a impressão de que estamos trabalhando contra", disse...

A chanceler alemã, Angela Merkel (de vermelho, na foto), foi flagrada em um vídeo dizendo ao presidente francês, Emmanuel Macron, que ligaria para o brasileiro Jair Bolsonaro para falar sobre as queimadas na Amazônia. "Anunciei para ligar para ele na próxima semana para ele não ficar com a impressão de que estamos trabalhando contra", disse Merkel.
A realpolitik de Merkel jogou por terra a soberba de Macron. "Logicamente, o presidente francês deu um passo apressado ao tratar do incêndio na Amazônia com Bolsonaro, pois ele colocou em risco vinte anos de negociações com o Mercosul", diz o advogado Marcelo Godke, especialista em direito comercial, em São Paulo.
Segundo Godke, o Acordo UE-Mercosul é importante para os países europeus porque seus produtos não conseguem ser competitivos em outros mercados, como o chinês. O acesso aos 288 milhões de habitantes do Mercosul, então, poderá ampliar muito a quantidade de consumidores para as mercadorias europeias.
"O temor dos produtores agrícolas franceses não faz muito sentido, porque eles continuarão recebendo subsídios. O acordo tampouco se viabilizará de uma hora para a outra. Se fosse assim, os fazendeiros parariam a França de uma hora para a outra", diz Godke.
Merkel tomou a dianteira no trato do tema Amazônia durante o encontro do G7 porque a indústria de seu país é uma das maiores interessadas no tratado com o Mercosul. "Os alemães produzem carros e equipamentos industriais, que poderiam ganhar muito com o acordo. Com certeza, eles não colocariam em risco este tratado."
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Comentários (10)
Marcus
2019-08-27 16:18:27Além de saber, como todos os outros membros do G7, que o Macron mente, distorce os dados verdadeiros, e ainda compra o apoio do traidor índio Raoni.
Zairto
2019-08-27 13:34:30Respeitado o direito de liberdade de opinião a cada um, o Sr Macron quis é aparecer. Ele que primeiro saia da Guiana Francesa para depois falar do Brasil. Ou, pela representatividade que tem, demonstre espírito colaborativo verdadeiro sem insinuar situações que gerem mal entendidos a quem não é de sua responsabilidade.
Claudio
2019-08-27 11:54:04Jawohl, das ist de Deutsche realpolitik; O Brasil é onde está sediada a maior parcela das indústrias alemãs fora da Alemanha e onde residem cerca de 12 milhões de teuto-brasileiros...
Cleusa
2019-08-27 10:23:11Senhor Presidente Bolsonaro, viu como se comporta uma estadista? Vá aprendendo!
MarcoA
2019-08-27 09:30:19Entendeu capitáo, com se porta um chefe de estado,,,e olhe bem, dentro dos padroes imbecis adotados por apedeutas ela náo é bonita por fora náo,,,que mulher!!!!
Quiet
2019-08-27 09:15:00O Sr. Boris Johnson identificou a jogada rapidinho: "a preocupação com as queimadas na Amazônia estava sendo usada como uma ''desculpa'' para interferir nas negociações de livre comércio". Junte-se a isso os índice de desaprovação de Lacron... kk
Magda
2019-08-27 05:05:49Não é a toa que voto nessa mulher há 4 mandatos! :) Atualmente é o único estadista de respeito e capacidade no planeta Terra. Foi eleita pela Forbes a mulher mais poderosa do mundo por 8 anos consecutivos. Pros idiotas de plantão, antes de virem com comentários bolsonarianos, a Alemanha ainda vai muitíssimo bem, obrigada. Pena que a nossa Angie não quer mais candidatar. Vamos aguardar.
Antônio
2019-08-26 23:04:54Ela sim,se mostrou a Clássica Estadista
André
2019-08-26 22:46:26A França está acostumada a trair. Fez isso na segunda guerra mundial, fabricando tanques para os nazistas..
Máxima
2019-08-26 22:45:05É, Ângela Merkel acaba nos ajudando. E o Brasil conseguiu a simpatia de EUA, Japão, Itália. Se é G7 deve ser 7 paises. Quatro estão do nosso lado. Gostou Macron?