Putin dobra gastos para recrutar soldados
Nos seis primeiros meses de 2025, o Kremlin destinou quase dois trilhões de rublos ao alistamento de novos militares

O portal independente Re:Russia publicou na quarta-feira, 9, que o governo russo, sob o comando do ditador Vladimir Putin, destinou quase dois trilhões de rublos, cerca de 25,674 bilhões de dólares, no primeiro semestre de 2025 para sustentar a invasão à Ucrânia e recrutar novos militares.
O valor corresponde ao dobro do desembolsado entre julho de 2023 e junho de 2024 para o mesmo fim.
O bônus médio por alistamento chega a 2,7 milhões de rublos — cerca de 30 mil dólares — entre as doze regiões com os maiores pagamentos.
Todavia, o ritmo de alistamento por contrato caiu ligeiramente no primeiro semestre do ano, com uma queda mais acentuada em junho.
O Kremlin conseguiu recrutar cerca de 200 mil soldados nos primeiros seis meses do ano.
Se as taxas atuais de baixas e reforços forem mantidas no segundo semestre, os gastos anuais do Kremlin com soldados passarão de 4 trilhões de rublos, soma equivalente a 2% do PIB da Rússia e a 9,5% dos gastos do orçamento federal deste ano.
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Avanço limitado por terra
Enquanto os gastos do Kremlin com soldados crescem rapidamente, o avanço militar em terra na Ucrânia é limitado.
Dados da plataforma de monitoramento DeepState indicam que as forças russas conquistaram 556 quilômetros quadrados de território ucraniano em junho.
Embora seja o maior deslocamento mensal na linha de frente desde o início da invasão, levaria mais de 70 anos para ocupar todo a Ucrânia se o Exército russo mantiver esse ritmo.
Os combates terrestres entre russos e ucranianos concentram-se na região nordeste de Sumy, no eixo Pokrovsk-Kostyantynivka e no oeste de Pokrovsk.
Bombardeios
Por outro lado, a Rússia intensificou o disparo de drones de ataque e mísseis, incluindo balísticos.
Apenas no ataque realizado entre a noite de quarta-feira, 9, e a madrugada de quinta, 10, foram disparados 18 mísseis e 400 drones.
A ofensiva aérea durou quase 10 horas.
Entre a noite de terça-feira, 8, e a madrugada de quarta, 9, a Rússia atacou o país vizinho com um recorde de 728 drones.
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