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    Como os eleitores de Trump se voltaram contra a Ucrânia

    Jornalista britânico lembra os primeiros contatos recentes do eleitorado americano com o país de Zelensky para mostrar como a opinião do movimento MAGA foi moldada

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    Rodolfo Borges
    7 minutos de leitura 09.03.2025 13:27 comentários 1
    Foto: RS/Fotos Públicas
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    A Rússia é adversária histórica dos Estados Unidos, desde a época da desfeita União Soviética, mas parte da porção mais nacionalista dos americanos resolveu tomar o partido dos russos na guerra da Ucrânia. Como isso ocorreu?

    O jornalista britânico Douglas Murray, autor de Guerra contra o Ocidente, foi buscar no primeiro governo Donald Trump (foto) a resposta para essa pergunta.

    Em "O movimento MAGA está errado sobre a Ucrânia", o editor do jornal The Spectator, que se refere ao movimento Make America Great Again (faça a América grande de novo), diz que, no primeiro mandato do republicano (2017-2021) "a Ucrânia veio à consciência do público [americano] apenas duas vezes".

    "A primeira ocasião foi quando Trump e outros republicanos começaram a fazer barulho sobre os negócios de Hunter Biden. Desde 2014, o filho do então vice-presidente estava sentado no conselho da empresa de energia ucraniana Burisma. Ele estava ganhando cerca de US$ 1 milhão anualmente para aconselhar uma empresa em um setor sobre o qual ele tinha zero experiência. Por que uma empresa estrangeira iria querer o filho do vice-presidente em seu conselho? Obviamente — como todas as investigações mostraram desde então — para que o nome Biden pudesse trazer contratos, subsídios e outro suporte para a Burisma", lembrou Murray, seguindo:

    "A única outra vez em que a Ucrânia chamou a atenção da direita americana foi em 2019, quando o presidente Trump teve um telefonema com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Os oponentes políticos de Trump alegaram que ele havia usado a ligação para dizer a Zelensky que a ajuda americana ao país poderia depender da ajuda da Ucrânia para expor as transações financeiras da família Biden. Trump foi alvo de impeachment pela ligação, mas absolvido pelo Senado. Mas esses dois eventos começaram a incutir na direita a ideia de que a Ucrânia era simplesmente um país corrupto, que havia enriquecido e cooperado com seus próprios oponentes políticos."

    "Anti-woke"

    Isso era o que os eleitores de Trump conheciam da Ucrânia antes da invasão russa de 2022. Quando a ofensiva russa começou, Murray lembra que parlamentares republicanos como Lindsey Graham tomaram o lado ucraniano, enquanto os eleitores de Trump tomavam outro rumo nas redes sociais.

    "Para essas pessoas, a questão de se Vladimir Putin era um vilão não estava resolvida. Durante o auge da presidência de Biden e da época woke, Putin se tornou para alguns deles um foco de admiração", diz o jornalista britânico, seguindo:

    "Enquanto o Ocidente se afastou dos valores tradicionais — principalmente da fé cristã — aqui estava um líder que falava em defesa de tais valores. Pouco antes da invasão da Rússia, o ex-assessor de Trump Steve Bannon estava fazendo um podcast com Erik Prince, o fundador da Blackwater. 'Putin não é woke', disse Bannon em um ponto. 'Ele é anti-woke'. 'O povo russo ainda sabe qual banheiro usar', acrescentou Prince."

    Direita entediada

    Murray segue:

    "Você pode dizer que tudo isso foi parte da inevitável correção exagerada do período woke. Mas esses memes ganharam força online. No início da invasão, a visão conservadora normal prevaleceu: a Ucrânia havia sido brutalmente atacada, havia se mantido firme e estava admiravelmente revidando.

    Então, várias coisas típicas da nossa era começaram a ocorrer. A primeira foi que a direita online ficou entediada com a história e quis levá-la adiante. Sendo um movimento essencialmente reacionário, eles também começaram a ficar entediados com a admiração quase universal pela Ucrânia – especificamente por Zelensky. Essas pessoas compreensivelmente odeiam a ideia de narrativas sendo impostas a elas, e notaram que muitas das almas perdidas que estavam colocando bandeiras do BLM [Black Lives Matter] em seus perfis do Twitter agora estavam postando bandeiras da Ucrânia."

    Direita irritada

    Segundo Murray, os eleitores de Trump "ficaram adicionalmente irritados porque figuras nada heroicas e distintamente nada masculinas como Justin Trudeau, do Canadá, de repente se apresentaram como líderes de guerra".

    "Quando os Zelenskys fizeram coisas como a sessão de fotos da Vogue, eles estavam sem dúvida apenas tentando manter a situação de seu país aos olhos do público ocidental. Mas a direita online começou a achar essas coisas ridículas e malcheirosas: se Biden, Trudeau, Emmanuel Macron e todos os outros odiados 'globalistas' de esquerda estavam se aproximando de Zelensky, deve haver algo errado com ele", diz o jornalista britânico em sua análise no The Spectator.

    Narrativa russa

    "Intencionalmente ou não, a direita online do MAGA começou a absorver a narrativa da Rússia sobre a Ucrânia: que não é um país real, que os ucranianos não são um povo real, que, se eles são um povo real, então são excepcionalmente corruptos. E assim por diante: que os soldados ucranianos são nazistas 'literais', que Zelensky está constantemente comprando vilas e iates no sul da França, que toda a guerra é uma grande operação de lavagem de dinheiro, que a guerra da Ucrânia para empurrar os russos de volta é invencível por causa do grande poder do exército russo — e que a coisa toda é um desperdício gigante do dinheiro dos contribuintes dos EUA", descreve Murray.

    Como disse o pesquisador de mídia e desinformação na Aliança para Proteger a Democracia Bret Schafer a Crusoé nesta semana, essas narrativas foram deliberadamente espalhadas e alimentadas pela Rússia no ambiente online.

    “Temos muitas evidências de que agentes de influência russos trabalharam duro para cortejar o público da direita política nos EUA — desde a recepção do apresentador Tucker Carlson para fazer entrevistas com Putin até uma campanha secreta para financiar podcasters conservadores, por meio da empresa Tenet Media”, disse Schafer.

    E Putin?

    Murray segue seu texto dizendo que "quase todas as alegações que a direita do MAGA faz contra a Ucrânia são infinitamente mais verdadeiras sobre a Rússia de Putin".

    "Interessado em corrupção internacional? Tente olhar para Putin e seus amigos. Interessado em um governo anticristão? Que tal olhar para a fé cínica de Putin, que alardeia valores cristãos enquanto dispara foguetes contra grandes catedrais como a de Odessa e recruta jihadistas para lutar por ele. Acha que a Ucrânia é cruel ao forçar desertores a entrarem para o exército? Considere os processos de recrutamento do exército de Putin. Não gosta de Zelensky por não realizar uma eleição durante uma guerra total? Você notou os hábitos eleitorais de Putin?", enumera o jornalista britânico.

    País de fantasia

    "A esta altura, a Ucrânia não é apenas um país que a direita do MAGA nunca visitou. É um país de fantasia sobre o qual eles imaginam que sabem tudo — e tudo é ruim", segue Murray, finalizando:

    "Talvez eles consigam sair dos memes. Ou talvez eles descubram da maneira mais difícil que a maioria do público americano pode não gostar do [movimento] woke, mas também não gosta de ditadores — e que é possível manter essas duas aversões na mesma cabeça, e movimento, ao mesmo tempo."

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    Comentários (1)

    Carlos Renato Cardoso Da Costa

    2025-03-09 18:24:34

    Murray acertou na mosca.


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    Carlos Renato Cardoso Da Costa

    2025-03-09 18:24:34

    Murray acertou na mosca.



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