Vance pede mais liberdade de expressão à Europa
Vice-presidente americano exigiu aos países da OTAN maior investimento em defesa

O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, pediu para que os países europeus não suprimam a liberdade expressão nesta sexta, 14.
Em seu discurso Conferência de Segurança de Munique, o republicano disse que as autoridades europeias devem proibir a imigração ilegal no continente.
Segundo Vance, os eleitores não votaram para "abrirem as portas para milhões de migrantes não investigados".
Gastos militares
Antes de se encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, Vance ratificou a intenção do presidente Donald Trump de forçar os países da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) a aumentarem os gastos militares.
Em Munique, Vance reuniu-se com o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, para reiterar o apelo de Trump.
O governo americano exige que os membros do bloco aumentem o investimento em defesa de 2% para 5% do PIB (Produto Interno Bruto).
“A OTAN é uma aliança militar muito importante, é claro, da qual somos a parte mais importante", disse Vance a Rutte.
Segundo o vice-presidente americano, a OTAN precisa "compartilhar um pouco mais de carga na Europa" para os EUA se concentrarem nos desafios do Oriente Médio e no leste da Ásia.
Rutte afirmou que a Europa precisa intensificar os seus investimentos e "gastar muito mais".
De acordo com o relatório "Balanço Militar" do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), os países europeus investiram 11% a mais do que em 2023.
"Os aumentos foram impulsionados pela deterioração dos ambientes de segurança e percepções de ameaças mais agudas, particularmente na Europa e no Oriente Médio e Norte da África (MENA), que viram grandes aumentos, assim como alguns países asiáticos importantes", diz trecho do documento.
Recorde
Os gastos europeus com defesa chegaram a US$ 457 bilhões em 2024, sendo o décimo ano seguido de crescimento no setor.
A invasão russa à Crimeia, em 2014, acendeu um sinal de alerta para os países reforçarem o aparato militar.
Assim, os gastos passaram a ser referentes a 2% do PIB das respectivas nações.
"Os orçamentos de defesa em outros países também cresceram significativamente, como na Polônia, que se tornou o 15º maior gastador de defesa globalmente em 2024, acima do 20º lugar em 2022", diz.
Leia mais: "Gastos militares globais superaram US$ 2,4 trilhões em 2024"
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)